TERCEIRO DIA
Pouco depois da largada unica para a regata de percurso aos moleques e ponta das Canas
Tempo tempestuoso envolve a flotilha
O Sereloco, ganhador da regata na orc club, orsa para os moleques
O Orson Nossa Caixa Mapfre contorna os moleques e arriba para colocar o balão.
A flotilha contorna os Moleques e começa a voltar
O Jazz colocando balão. Ainda falta um bom tanto pra subir. Força!
O Touche descendo de balão com mais de 25 nós de vento
A chegada junto ao clube com o ventão da entrada de frente
A previsão era de entrada forte de frente e já na chegada o tempo parecia tempestuoso, frio e humido. Muita correnteza e vento de uns 15 nós SW. Foi dada uma largada unica em frente ao YCI para fazer o percurso até os Moleques, boia em frente a ponta das Canas e de volta a frente do YCI para a chegada.
Largamos bem junto a boia e conseguimos imediatamente escapar para o lado de São Sebastião e o baixio. Os barcos da ORC internacional logo se afastaram, os HPE, que vinham junto conosco se embrenharam no baixio e tambem começaram a abrir, enquanto nós, o Jazz, o Inae trocavamos bordos nas suas bordas. Mais atras a maior parte dos barcos fazia o mesmo. Proximo ao pier da Petrobras o vento aumentou para uns 20 nós, o Jazz cruzou para o lado da ilha se afastando de nós. Nós ficamos proximos aos navios e perdemos algum tempo fazendo um peeling de genoa trocando a C2 pela C4. Com isso quando chegamos na imediação dos Moleques tanto o Jazz quanto o Inae tinham nos ultrapassado. O mar estava bastante mechido (ondas de 1 metro e meio)e o vento começou a aumentar. Virando os moleques colocamos o balão e logo a frente, o Jazz tambem, o Inae que estava mais a frente continuou só de genoa e mestra. O vento subiu ainda mais e começamos a voar. As rajadas já atingiam mais de 25 nós e faziamos mais de 12 nós. O Jazz enterrou numa onda maior dando uma meia atravessada e o balão rasgou, arrancando o tope completamente. Nós, que tinhamos encostado do lado de São Sebastião, fizemos rumo para o pier da Petrobras de balão cheio a mais de 12 nós, nos afastando do Inae e do Jazz, agora tambem só de genoa e mestra. Logo depois do pier uma chuva começou a entrar por tras de nós, agora o vento estava consistentemente a 25 com rajadas de 30. O barco ia muito rapido chegando perto da beirada do baixio, o leme estava muito leve, a quilha começou a zunir e o balão a fazer estranhos ruidos. Na frente da chuva o vento (32 nós) e a velocidade começaram a aumentar perigosamente, considerando que breve teriamos de fazer um jaibe, pois estavamos chegando no raso, achamos que estava mais doque na hora de tira-lo antes que explodisse ou dessemos uma atravessada feia. A manobra foi meio desastrada, pois não consguiamos recolhe-lo atras da mestra. Tivemos que soltar a driça e pesca-lo da agua. Ficamos preocupados por que o baixio estava proximo e ficamos temporariamente sem condição de jaibar. Para nosso alivio depois de um interminavel minuto e pouco de tensão, conseguimos recolher o balão e jaibar para o fundo. Tinhamos aberto uma boa distancia dos barcos proximos (Jazz e Inae), mas agora nossa velocidade se reduziu bastante e o Inae vinha voando, mais pelo meio do canal, só de mestra e genoa, fazendo valer a sua linha dágua e cortando rapidamente a nossa vantagem. Velejamos de mestra e genoa, até a boia da Ponta das Canas, enquanto a adrenalina voltava ao normal e o Inae nos ultrapassava com facilidade. Chegando proximo da Ponta das Canas percebemos, que com o uso constante do burro, a cruzeta tinha furado a vela mestra e está estava começando a rasgar. Tivemos que baixa-la para evitar um estrago maior. Chegamos na boia sem mestra e orsamos para a chegada só de genoa C4. O Inae já seguia a uma boa distancia no contravento para a chegada, o Jazz ainda continuava atras.
Demos alguns bordos e cruzamos a linha em frente do YCI as 14 57 30, 2 horas 27 minutos e meio de MUITA adrenalina. O Inae cruzou 9 minutos antes de nós, ganhando a RGS inclusive no corrigido. O Jazz chegou 10 minutos atras dele e 1 minuto atras de nós, corrigindo em 2o lugar na RGS A, 3 minutos e meio atras do Inae. È interessante notar que o Palmares (Delta 32,) que ganhou a RGS B, teria corrigido em 1o lugar na RGS, caso houvesse resultado geral. Fez uma grande regata.
Na ORC club, o Sereloco (SK30)tambem fez uma grande regata, chegando 12 minutos e 20 segundos depois de nós e corrigindo 46 segundos a nossa frente, ganhando a regata. O Realizado, chegando 12 minutos e 16 segundos atras de nós no real, corrigiu 2 minutos e 32 segundos atras do Sereloco e 1 minuto 14 segundos atras de nós, ficando em 3o.
As intemperies provocaram varios acidentes e sustos: o Charada, que ia bam no campeonato, quebrou o mastro,o Harpia a retranca. Varios balões e velas foram danificados em diferentes graus, sem contar com algumas atravessadas assustadoras. Os HPEs que são menores, tomaram varios sustos, atravessadas bravas, tripulantes machucados, quedas na agua, balões rasgados e uma cruzeta quebrou, ameaçando o mastro etc.
Os barcos da ORC internacional, que vinham mais a frente escaparam do tope do temporal, e muito bem tripulados, tiveram poucos problemas.
O Touche, planando quase sempre a mais de 15 nós, fez uma regata perfeita num tempo recorde de 1 hora 41 minutos e 34 segundos. O Triksu, de novo foi o segundo a cruzar com 2 horas 1 minuto e 45, corrigiu em terceiro mais de 1 minuto atras do Sanchico, que ficou com o 2o lugar, fazendo a regata em 2 horas 10 minutos e 10 no real.
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Ralph,
ResponderExcluirAdorei saber do seu envolvimento com esporte náutico.Depois de tanto tempo , foi muito bom
saber que está fazendo o que vc gosta.Sucesso!
Se for possível,envie uma foto sua no veleiro.
Arianice. Salvador-Ba
arianiceluz@hotmail.com