Este posting foi escrito logo após a participação do Orson Sk30 no Circuito Atlantico Sur Rolex Cup em janeiro de 2007, que foi minha estréia em eventos internacionais. Decidimos publica-lo agora pois foi também minha estréia na tentativa de registrar por escrito para os amigos as aventuras do Orson e de seus muitos tripulantes. Ele antes tinha sido publicado no site da Marevela, mas o seu melhor lugar é junto com os relatos deste blog.
Foto a largada louca da regata longa
Orson em Punta - 2007
Posted by Trap on Monday, December 22, 2008
Estou desde a Semana de Vela de 2006 fazendo campanha com o Orson, um Skipper 30, montado na Ilha Bela pela Marevela. Tínhamos acabado de correr a Santos Rio, o Circuito Rio e a última etapa do circuito da Ilha Bela e planejávamos, como atividade de verão, correr a Semana de Vela de Florianópolis na primeira semana de fevereiro.
Estávamos fazendo os preparativos para esse evento – acerto do barco, fechando a tripulação e organizando o transporte quando, por ocasião da Caipirinhas Cup, evento que fecha o ano, o Jose Nolasco nos lançou o desafio. – Se vocês vão viajar para o sul para competir, por que não ir um pouco mais longe e correr o Circuito Rolex Atlântico Sur em Punta Del Este. Esta competição, além de fazer parte do Circuito Internacional de Regatas Rolex, que compreende as regatas de maior prestigio no mundo, como a Fastnet, a Sidney-Hobbart, a Mid-Sea, a Giraglia, a Saint Thomas Sailing Week etc., é ainda a primeira etapa do Campeonato Sulamericano da classe IMS e ORC e cuja segunda etapa é aqui na Semana de Vela da Ilha Bela – uma oportunidade única!
Inicialmente parecia difícil. Nunca tínhamos feito uma competição internacional. Levar o barco por terra era inviável. Levar velejando um 30 pés até o Uruguai parecia difícil. Alem de tudo estava em cima da hora, pois o campeonato começava na segunda semana de janeiro com uma regata Buenos Ayres – Punta Del Este. Mas mesmo assim ficamos muito animados com a possibilidade e começamos a nos reorganizar.
A tripulação teve algumas baixas e o esforço orçamentário foi maior, pois a viagem seria mais longa e custosa. Mas no fim tudo deu certo. Conseguimos um transportador competente que além de tudo é ótimo proeiro, o Guilherme Streb e o nosso companheiro de YCI, Gonzalo Cardoner, que estaria em Punta nessa ocasião, se juntou à empreitada trazendo consigo outro Gonzalo, seu amigo, como tripulante reserva. Assim comigo, o Edmar e o Zezinho, da nossa tripulação tradicional, estávamos completos, faltava apenas chegar lá a tempo.
O YCI, através do Nolasco, entrou em contacto com o Yate Clube Argentino e conseguiu todo o apoio a nossa participação. Ficamos sabendo ainda que a regata Buenos Ayres - Punta Del Este poderia ser descartada no Circuito, caso todas as regatas fossem corridas e não valeria para o Campeonato Sul-americano, isso nos deu um pouco mais de tempo.
Dia dois de janeiro, com vento NE, o Orson zarpou da Ilha Bela para Floripa com o Guilherme navegando em solitário, que é o jeito que ele mais gosta de navegar. O Guilherme é adepto da sadia teoria de quem anda contra o vento é navio, então o principal instrumento para viabilizar uma viagem dessas é a previsão do tempo que permite utilizar as janelas adequadas para uma viagem rápida e segura.
Escala de dois dias em Floripa para o vento voltar a soprar da direção certa, e mais outra em Rio Grande idem, aproveitando aí para fazer os procedimentos para sair do país. O Guilherme calculou o horário de zarpar para chegar com dia em Punta e o Orson vinha andando tão rápido que era quase certo chegar antes da frente que se aproximava. Em todo caso o porto de La Paloma era uma opção caso a viagem se atrasasse. No sul as janelas são mais curtas e a frente pegou o Orson quase chegando, a umas 18 milhas de Punta. Com 40 nós de SO, o Orson levou 8 horas para fazer o que se pensava fazer em 3, e depois de uma boa descabelada, como diz o Guilherme, chegou a Punta Del Este ao cair do sol, junto com os ponteiros que chegavam em popa numa Buenos Ayres-Punta de recordes.
Com menos emoções, no dia seguinte, chegamos eu, Edmar e Zezinho de avião via Montevidéu para encontrar o Orson já ancorado, lavado e o Guilherme tomando chimarrão. Na viagem de ônibus não pudemos deixar de notar que todos os outdoors na estrada eram estaiados o que dava uma boa indicação das condições de vento no local.
Tivemos um dia de intervalo para nos instalarmos, transformar o barco novamente em barco de regata, isto é carregar para o hotel tudo que não fosse essencial para a regata ou material obrigatório, fazer a inscrição, colar os adesivos, hastear as bandeiras etc.
A marina em Punta Del Este é uma marina publica composta por quatro grandes piers, três deles ocupados pelos veleiros inscritos, que dão diretamente para a praça do porto, como se fosse uma versão gigante do píer da Vila na Ilha Bela e os clubes tanto YCA, quanto o Yate Clube Uruguaio ou o de Punta Del Este, são prédios que dão para essa praça e ruas próximas. O Orson ficou lá para o fim de um desses piers, com sua bandeira brasileira e o galhardete do YCI tremulando, entre dois grandes veleiros Argentinos, o Sur e o Audi. Éramos o único veleiro brasileiro inscrito no Circuito.
Dia seguinte começa o Campeonato com duas regatas barla sota na baia de Maldonado, o lado protegido de Punta Del Este, onde fica a raia de regata. O Gonzalo Cardoner ainda não chegou, vai correr o Gonzalo reserva. Dia radioso, sol, mas temperatura amena, vento NE em torno de 15 nos já cedo de manhã e com o sol deve apertar. Saímos para raia umas 11 horas. Estamos um pouco tensos. Muitos barcos (74). As maquinas da IMS, passam por nós – Matador, Flash Gordon, Personal. Começamos a procurar nossos competidores, o Biguá e o Matrero que ganharam a ORC B e A na BUE-Punta, o ultimo e tambem o Bizzarro, nossos conhecidos da Ilha. Tentamos nos concentrar em barcos de tamanho similar já que estes é que vão estar a nossa volta. È difícil diferenciar os IRC dos ORC. A largada não é por classe, mas por tamanho. Todos os Às e depois todos os Bs. Nós saímos na segunda largada Ims, IRC e ORC juntos. A divisão é por rating. Nós e o 7 somos os ratings mais altos da ORC B. Vai ser difícil ter idéia de como estamos em relação aos outros. Estão junto conosco barcos de até uns 34 pés de varias classes.
Largaram os As sem problema e la vamos nós. Largamos bem. O skipper 30 orça muito, o que nos permite de nos livrar dos outros barcos, mas precisamos acertar o lado e não conhecemos a raia. Claro, não acertamos o lado na primeira orça e chegamos no meio do bolo, entramos no popa. Nossa o vento apertou bem! Tem quase 20 aparente e estamos em popa. Estamos em um bolo de 34s, Marina, Nuria, Canuto 3 mas acho que é tudo IRC, o Biguá está para traz e o 7 pra frente. No jaibe quase atravessamos. Mas o leme acabou respondendo e logo trouxemos o barco para o curso e enchemos o spi de novo. O problema é que os outros barcos estão tão perto que tiramos uma fina. Quase! Agora é o de trás que está atravessando. Uffa!! chegamos na bóia, balão pra baixo. Agora vamos acertar o lado. A segunda e terceira voltas foram mais tranqüilas. O vento caiu um pouco, mas nunca abaixo de 17 nos. Chegamos acho que bem. Não deixamos ninguém passar inclusive os 3 barcos maiores da IRC, o Marina e o Canuto 3 ficaram bem para trás e o Nuria chegou colado. O 7 da ORC chegou na frente, mas paga pra nos. Mas na verdade, não dá para ter idéia da colocação. Iríamos saber depois que tínhamos ficado em 3º. O Biguá corrigiu na frente e o Bicho, que nem vimos na raia, ganhou.
Segunda largada, o vento caiu pra 15 nos. Perfeita. É difícil acompanhar a orsa do Orson! hahaha. E agora já conhecemos a raia. 6 pernas sem erros e chegamos de novo logo na frente dos dois irc maiores, o Marina e o Nuria e o 7, que paga pra nos, ficou bem atrás. O Biguá também parece ter ficado mais pra traz dessa vez. Será que deu pra ganhar? Na volta esperamos os resultados no restaurante do YCA. Chegamos em 2º na segunda regata, pois um tal de Charango 2, que também não vimos na raia, corrigiu na frente. Agora sabíamos quais eram os adversários, mas não adiantava velejar contra eles, pois ganhavam chegando atrás, tínhamos que velejar bem e abrir. Bom não tínhamos do que reclamar os resultados eram muito bons. Só nos restava o Moby Dick e o morcego (da Bacardi que é o patrocinador , digo, o patrocinado não oficial da tripulação do Orson, que consumiu quantidades despropositadas desse rum durante a viagem) para comemorar.
Dia seguinte, day off para conhecer Punta. Passeio de barco a Isla Gorriti e cocktail para os comandantes no Yate Clube de Punta del Este. Vou ter de estrear o blazer de capitão e presentear os comodoros com o galhardetes do YCI. Mais tarde é churrasco na casa do sogro do Gonzalo Cardoner. Carnes nunca dantes experimentadas e mais morcego pra rebater. Amanhã é a longa até LaBarra, limite norte do balneário de Punta del Este. Eu não vou poder correr esta, pois tenho um compromisso nos arredores de Punta, vai de novo o Gonzalo reserva, agora no meu lugar.
O percurso La Barra, larga do canal entre a Ilha Gorriti e a Punta Salinas (em frente a parte antiga da cidade) em direção a uma bóia na praia Mansa dentro da baia de Maldonado, depois volta pelo canal da ilha Gorriti, contorna o baixo Del Este e vai em direção a uma bóia junto ao farol da ilha dos Lobos, uma ilha a umas 3 milhas fora da praia Brava, depois uma perna até uma bóia junto aos famosos dedos, na praia Brava e de volta na bóia na ilha dos Lobos e daí rumo a bóia junto a praia de La barra e volta para chegar próximo a largada contornando o baixo Del Este, um total de uma 23 M ..
Ventão de SO de mais de 20 nos, a largada vai ser em popa e uma para todos os barcos juntos (65). O canal é estreito e está muito agitado, com ondas bem grandes. É uma loucura total! um monte de barcos de tamanhos e velocidades muito diferentes, vento e corrente empurrando e todos tentando não estourar. O pior é que está favorecendo sair sem direito. Tiro de 1 minuto, muita tensão o Matador vem vindo também sem direito, acelerando e desviando de vários barcos e abrindo uma brecha para nós. Balão pesado pra cima e vamos em frente junto com ele. Depois de vários sustos, os barcos próximos com direito jaibaram e conseguimos encontrar um caminho mais ou menos administrável, apesar de varios apaga-balão, quando os maiores nos ultrapassavam.
Saindo do canal o mar alisou e a adrenalina deu uma baixada permitindo que admirássemos o maravilhoso espetáculo daquele mundo de balões, naquele dia perfeito de ventão e os prédios da paia Mansa no fundo. O Matador disputando com os outros ims A, já vai lá na frente quase chegando na bóia. O orson está voando baixo com os nossos já conhecidos 34 da irc em volta, o 7 um pouco a frente e o Viernes logo atras. Breve será nossa vez de tirar o balão e começar o contravento até a ilha de Lobos.
Genoa pra cima balão para baixo, temos agora um longo contravento até a ilha de Lobos. No meio do contravento o vento caiu e virou SE a parte da flotilha que foi para dentro se deu mal, Nós ficamos no meio e seguramos a onda, continuando perto do mesmo grupo de barcos. Quem foi para fora se deu bem. Chegando na ilha de Lobos teve uma espécie de barla sota até a praia Brava e de volta a Lobos e depois um longo través folgado de balão até La Barra. Até aí estávamos mais ou menos nos segurando. Como o vento tinha caído subimos nos Lobos o spi maior e mais leve e ficamos com ele na volta de La Barra. Mas nessa perna o través ficou bem forçado e começamos a sofrer. Eram varias quase atravessadas. Folgando o burro da mestra e a sota, o barco logo se recuperava e retomava o rumo, enchendo de novo o balão, mas era claro que estava overpowered e o certo era fazer um peeling de balão. Nós não temos porém uma segunda driça de balão e ficar sem balão ali era a morte, decidimos agüentar firme. O Marina, o Nuria e o 7 com quem tínhamos nos mantido junto abriram, e o Viernes encostou e acabou nos ultrapassando quase na chegada.
Chegamos em 6º na ORC B, o Coni e o Charango corrigiram la de trás para pegar 1º e 2º o 7 ficou em 3º o Ghost ainda corrigiu na frente do Viernes que ganhou de nós. Ufa`! ainda bem que ao menos o Biguá nós conseguimos segurar. E o Bicho? Também foi mal, ficou em 10º. Amanhã é outro dia e é barla sota. Oba! Apesar do cansaço uma passada no Mobydick e um morceguinho é de lei.
Hoje é o dia decisivo. Lindo céu azul vento E de uns 15 nós. Vamos para raia cheios de gás. È hoje. Tiro de 5 pros As, todo mundo muito agressivo e acaba dando em chamada geral. Largada dos As. O vento virou pra SE favorecendo a bóia. - Não! Não; voltou pro Leste, vamos largar aqui mesmo. Largada perfeita. Estamos velejando na frente da flotilha junto de novo com o Nuria que está muito bem, em volta só tem IMS. Regata perfeita. Os outros estão bem para trás. Acho que dessa vez deu.
Segunda largada, de novo perfeita junto a juria. - Edmar tu ta ficando bom nisso! O vento mudou de novo e favoreceu o lado de fora. Damos o bordo logo, a barla do Max Power (IRC) que cambou logo que viu a rajada. Começa uma briga de orça. - Água!, Água! brada o Max Power. -Venga, venga que tienes água! sapeca o Edmar em portunhol, subindo mais uns 5 graus na rajada. Em menos de 1 minuto o Max Power cai na popa e camba, sem antes porém deixar de ouvir o comentário maldoso do Zezinho – Oh cara, parece bobo, tu não viu o nome do barco! Estamos voando baixo, bem na frente dos nossos amigos da IRC e de vários IMS. Mas bastou ficar muito confiante e la vem besteira. A mesma rondada de vento que favoreceu na largada agora voltou e erramos o lay line. Um bordinho no fim resolvia tudo, mas estamos no meio dos ims e o trafego na bóia está difícil. Boca grande é o diabo! não queremos cruzar umas popas e resolvemos insistir, confiando nas qualidades orsadoras do Orson. Pegamos a bóia.
Três xingamentos adiante, manobra de balão abortada, começamos a pagar o 360º antes mesmo da spare buoy. Como barbeiragens tendem a se somar, de súbito surgindo do nada uma mancha laranja é OD 27 Quara, que passa a menos de 1 metro de nossa proa. – Ta loco pibe!!! Grita um portenho de olhos arregalados. Bandeira vermelha. E la vai mais um 360º. Em fim balão pra cima e lá se vai nossa chance de vitória. Mas mesmo assim estávamos muito bem e agora sem o salto alto, terminamos de novo logo atrás de nossos amigos da IRC, Nuria e Marina. Tínhamos ficado em 2º Nossas palhaçadas na bóia permitiram que o Charango corrigisse na frente. Mesmo assim`, com o 1º e o 2º lugar, garantimos o premio de melhor do dia e estávamos na frente nos pontos (1 ponto na frente do Charango) mesmo sendo obrigado a descartar a Buenos Ayres-Punta e engolir o 6º lugar do La Barra. (O Charango pegou 2º , o Coni 3º , Viernes 4º na 1ª regata e na 2ª o Bicho ficou em 3º o 7 em 4º e o Coni em 5º) Estávamos eufóricos. MobbyDick e Morcegon para comemorar.
Última regata, Volta ilha Gorriti. Surpresa amanheceu sem vento. Segunda surpresa um enorme navio de passageiros estava ancorado bem no local da largada. Mudança nas instruções. Largada mais para fora no canal entre a Gorriti e a Punta Salina. E lá vamos nós a motor para a largada que vai atrasar 1 hora a espera do vento. La pelas 13 horas, uma brisa começou a entrar de ENE permitindo que se começasse o procedimento para a largada única de spinaker em direção a uma bóia fora no baixo Del Este, que nos faria aí contornar a Gorriti e seguir para a Punta Balena. Alem dela, no fundo da baia de Solanas, estava a bóia que tínhamos de contornar e voltar para terminar na entrada do porto, ao todo umas 15 M. , pelo jeito ia ser longo.
A largada foi confusa, vento bem fraco de través até a bóia e depois empopada até a Punta Balena. Ficamos presos no meio dos barcos e com dificuldade chegamos até a bóia e a contornamos junto com muitos outros em compromisso. O vento refrescou um pouco (8 a 10 nos) e rondou para o leste e começamos a andar. Jaibamos para terra onde parecia ter mais vento depois da sombra da Gorriti, ainda vimos que o Charango que estava perto, mas mais por fora ficou cobrindo o Biguá. Tinha mesmo mais vento, e estávamos andando melhor. Mas o vento logo depois parece que entrou por fora também e os barcos que ficaram por lá não estavam ficando para trás. Chegamos junto a praia e jaibamos e convergimos com os barcos que vinham de fora na Punta Balena. O Charango estava para trás, mas não muito. Péssimo sinal. Jaibamos para a bóia, que estava bem para dentro, num rumo de través. Tiramos o balão, contornamos a bóia dando um bordo para fora em direção a ponta. O Charango foi pelo bordo da praia que o favoreceu. Convergimos na Punta Balena, ele tinha ganho bastante. Seguimos bordejando pela praia e nós começamos a abrir. Mais para perto da chegada o vento ficou muito instável. Muitos buracos com algumas rajadas fortes localizadas e com rondadas de mais de 20º . Tentamos aproveitar, mas não estávamos abrindo o suficiente. Cruzamos 2 minutos na frente, mas eu sabia que tínhamos perdido. O Charango ganhou, nós ficamos em 2º , o Bicho em 3º , o 7 em 4º e o Coni 5º . Isso dava o campeonato para o Charango, nós ficamos em 2º e o Coni em 3º .
Tinha acabado! Aquele campeonato maravilhoso tinha acabado. Organização perfeita. Metereologia ideal. Acolhida calorosa nota dez. Fizemos uma bela campanha. Nossos corações tinham agüentado as emoções e os fígados o morcego e agora só faltava se arrumar para ir a festa no Cassino Conrad. Felizes e emocionados recebemos o premio e fomos homenageados com muitas palmas e aclamações pelos Argentinos e Uruguaios pela nossa performance no Circuito e pela viagem feita pelo Orson para representar o Brasil no país vizinho.
Agora é a vez deles virem para cá e vamos recebê-los com o mesmo calor no nosso Clube aqui na Ilha Bela. Estamos a espera de braços abertos e preparados para .........ganhaaar!!! MAISAAAAAHHHH.
Orson em Punta - 2007
Posted by Trap on Monday, December 22, 2008
Estou desde a Semana de Vela de 2006 fazendo campanha com o Orson, um Skipper 30, montado na Ilha Bela pela Marevela. Tínhamos acabado de correr a Santos Rio, o Circuito Rio e a última etapa do circuito da Ilha Bela e planejávamos, como atividade de verão, correr a Semana de Vela de Florianópolis na primeira semana de fevereiro.
Estávamos fazendo os preparativos para esse evento – acerto do barco, fechando a tripulação e organizando o transporte quando, por ocasião da Caipirinhas Cup, evento que fecha o ano, o Jose Nolasco nos lançou o desafio. – Se vocês vão viajar para o sul para competir, por que não ir um pouco mais longe e correr o Circuito Rolex Atlântico Sur em Punta Del Este. Esta competição, além de fazer parte do Circuito Internacional de Regatas Rolex, que compreende as regatas de maior prestigio no mundo, como a Fastnet, a Sidney-Hobbart, a Mid-Sea, a Giraglia, a Saint Thomas Sailing Week etc., é ainda a primeira etapa do Campeonato Sulamericano da classe IMS e ORC e cuja segunda etapa é aqui na Semana de Vela da Ilha Bela – uma oportunidade única!
Inicialmente parecia difícil. Nunca tínhamos feito uma competição internacional. Levar o barco por terra era inviável. Levar velejando um 30 pés até o Uruguai parecia difícil. Alem de tudo estava em cima da hora, pois o campeonato começava na segunda semana de janeiro com uma regata Buenos Ayres – Punta Del Este. Mas mesmo assim ficamos muito animados com a possibilidade e começamos a nos reorganizar.
A tripulação teve algumas baixas e o esforço orçamentário foi maior, pois a viagem seria mais longa e custosa. Mas no fim tudo deu certo. Conseguimos um transportador competente que além de tudo é ótimo proeiro, o Guilherme Streb e o nosso companheiro de YCI, Gonzalo Cardoner, que estaria em Punta nessa ocasião, se juntou à empreitada trazendo consigo outro Gonzalo, seu amigo, como tripulante reserva. Assim comigo, o Edmar e o Zezinho, da nossa tripulação tradicional, estávamos completos, faltava apenas chegar lá a tempo.
O YCI, através do Nolasco, entrou em contacto com o Yate Clube Argentino e conseguiu todo o apoio a nossa participação. Ficamos sabendo ainda que a regata Buenos Ayres - Punta Del Este poderia ser descartada no Circuito, caso todas as regatas fossem corridas e não valeria para o Campeonato Sul-americano, isso nos deu um pouco mais de tempo.
Dia dois de janeiro, com vento NE, o Orson zarpou da Ilha Bela para Floripa com o Guilherme navegando em solitário, que é o jeito que ele mais gosta de navegar. O Guilherme é adepto da sadia teoria de quem anda contra o vento é navio, então o principal instrumento para viabilizar uma viagem dessas é a previsão do tempo que permite utilizar as janelas adequadas para uma viagem rápida e segura.
Escala de dois dias em Floripa para o vento voltar a soprar da direção certa, e mais outra em Rio Grande idem, aproveitando aí para fazer os procedimentos para sair do país. O Guilherme calculou o horário de zarpar para chegar com dia em Punta e o Orson vinha andando tão rápido que era quase certo chegar antes da frente que se aproximava. Em todo caso o porto de La Paloma era uma opção caso a viagem se atrasasse. No sul as janelas são mais curtas e a frente pegou o Orson quase chegando, a umas 18 milhas de Punta. Com 40 nós de SO, o Orson levou 8 horas para fazer o que se pensava fazer em 3, e depois de uma boa descabelada, como diz o Guilherme, chegou a Punta Del Este ao cair do sol, junto com os ponteiros que chegavam em popa numa Buenos Ayres-Punta de recordes.
Com menos emoções, no dia seguinte, chegamos eu, Edmar e Zezinho de avião via Montevidéu para encontrar o Orson já ancorado, lavado e o Guilherme tomando chimarrão. Na viagem de ônibus não pudemos deixar de notar que todos os outdoors na estrada eram estaiados o que dava uma boa indicação das condições de vento no local.
Tivemos um dia de intervalo para nos instalarmos, transformar o barco novamente em barco de regata, isto é carregar para o hotel tudo que não fosse essencial para a regata ou material obrigatório, fazer a inscrição, colar os adesivos, hastear as bandeiras etc.
A marina em Punta Del Este é uma marina publica composta por quatro grandes piers, três deles ocupados pelos veleiros inscritos, que dão diretamente para a praça do porto, como se fosse uma versão gigante do píer da Vila na Ilha Bela e os clubes tanto YCA, quanto o Yate Clube Uruguaio ou o de Punta Del Este, são prédios que dão para essa praça e ruas próximas. O Orson ficou lá para o fim de um desses piers, com sua bandeira brasileira e o galhardete do YCI tremulando, entre dois grandes veleiros Argentinos, o Sur e o Audi. Éramos o único veleiro brasileiro inscrito no Circuito.
Dia seguinte começa o Campeonato com duas regatas barla sota na baia de Maldonado, o lado protegido de Punta Del Este, onde fica a raia de regata. O Gonzalo Cardoner ainda não chegou, vai correr o Gonzalo reserva. Dia radioso, sol, mas temperatura amena, vento NE em torno de 15 nos já cedo de manhã e com o sol deve apertar. Saímos para raia umas 11 horas. Estamos um pouco tensos. Muitos barcos (74). As maquinas da IMS, passam por nós – Matador, Flash Gordon, Personal. Começamos a procurar nossos competidores, o Biguá e o Matrero que ganharam a ORC B e A na BUE-Punta, o ultimo e tambem o Bizzarro, nossos conhecidos da Ilha. Tentamos nos concentrar em barcos de tamanho similar já que estes é que vão estar a nossa volta. È difícil diferenciar os IRC dos ORC. A largada não é por classe, mas por tamanho. Todos os Às e depois todos os Bs. Nós saímos na segunda largada Ims, IRC e ORC juntos. A divisão é por rating. Nós e o 7 somos os ratings mais altos da ORC B. Vai ser difícil ter idéia de como estamos em relação aos outros. Estão junto conosco barcos de até uns 34 pés de varias classes.
Largaram os As sem problema e la vamos nós. Largamos bem. O skipper 30 orça muito, o que nos permite de nos livrar dos outros barcos, mas precisamos acertar o lado e não conhecemos a raia. Claro, não acertamos o lado na primeira orça e chegamos no meio do bolo, entramos no popa. Nossa o vento apertou bem! Tem quase 20 aparente e estamos em popa. Estamos em um bolo de 34s, Marina, Nuria, Canuto 3 mas acho que é tudo IRC, o Biguá está para traz e o 7 pra frente. No jaibe quase atravessamos. Mas o leme acabou respondendo e logo trouxemos o barco para o curso e enchemos o spi de novo. O problema é que os outros barcos estão tão perto que tiramos uma fina. Quase! Agora é o de trás que está atravessando. Uffa!! chegamos na bóia, balão pra baixo. Agora vamos acertar o lado. A segunda e terceira voltas foram mais tranqüilas. O vento caiu um pouco, mas nunca abaixo de 17 nos. Chegamos acho que bem. Não deixamos ninguém passar inclusive os 3 barcos maiores da IRC, o Marina e o Canuto 3 ficaram bem para trás e o Nuria chegou colado. O 7 da ORC chegou na frente, mas paga pra nos. Mas na verdade, não dá para ter idéia da colocação. Iríamos saber depois que tínhamos ficado em 3º. O Biguá corrigiu na frente e o Bicho, que nem vimos na raia, ganhou.
Segunda largada, o vento caiu pra 15 nos. Perfeita. É difícil acompanhar a orsa do Orson! hahaha. E agora já conhecemos a raia. 6 pernas sem erros e chegamos de novo logo na frente dos dois irc maiores, o Marina e o Nuria e o 7, que paga pra nos, ficou bem atrás. O Biguá também parece ter ficado mais pra traz dessa vez. Será que deu pra ganhar? Na volta esperamos os resultados no restaurante do YCA. Chegamos em 2º na segunda regata, pois um tal de Charango 2, que também não vimos na raia, corrigiu na frente. Agora sabíamos quais eram os adversários, mas não adiantava velejar contra eles, pois ganhavam chegando atrás, tínhamos que velejar bem e abrir. Bom não tínhamos do que reclamar os resultados eram muito bons. Só nos restava o Moby Dick e o morcego (da Bacardi que é o patrocinador , digo, o patrocinado não oficial da tripulação do Orson, que consumiu quantidades despropositadas desse rum durante a viagem) para comemorar.
Dia seguinte, day off para conhecer Punta. Passeio de barco a Isla Gorriti e cocktail para os comandantes no Yate Clube de Punta del Este. Vou ter de estrear o blazer de capitão e presentear os comodoros com o galhardetes do YCI. Mais tarde é churrasco na casa do sogro do Gonzalo Cardoner. Carnes nunca dantes experimentadas e mais morcego pra rebater. Amanhã é a longa até LaBarra, limite norte do balneário de Punta del Este. Eu não vou poder correr esta, pois tenho um compromisso nos arredores de Punta, vai de novo o Gonzalo reserva, agora no meu lugar.
O percurso La Barra, larga do canal entre a Ilha Gorriti e a Punta Salinas (em frente a parte antiga da cidade) em direção a uma bóia na praia Mansa dentro da baia de Maldonado, depois volta pelo canal da ilha Gorriti, contorna o baixo Del Este e vai em direção a uma bóia junto ao farol da ilha dos Lobos, uma ilha a umas 3 milhas fora da praia Brava, depois uma perna até uma bóia junto aos famosos dedos, na praia Brava e de volta na bóia na ilha dos Lobos e daí rumo a bóia junto a praia de La barra e volta para chegar próximo a largada contornando o baixo Del Este, um total de uma 23 M ..
Ventão de SO de mais de 20 nos, a largada vai ser em popa e uma para todos os barcos juntos (65). O canal é estreito e está muito agitado, com ondas bem grandes. É uma loucura total! um monte de barcos de tamanhos e velocidades muito diferentes, vento e corrente empurrando e todos tentando não estourar. O pior é que está favorecendo sair sem direito. Tiro de 1 minuto, muita tensão o Matador vem vindo também sem direito, acelerando e desviando de vários barcos e abrindo uma brecha para nós. Balão pesado pra cima e vamos em frente junto com ele. Depois de vários sustos, os barcos próximos com direito jaibaram e conseguimos encontrar um caminho mais ou menos administrável, apesar de varios apaga-balão, quando os maiores nos ultrapassavam.
Saindo do canal o mar alisou e a adrenalina deu uma baixada permitindo que admirássemos o maravilhoso espetáculo daquele mundo de balões, naquele dia perfeito de ventão e os prédios da paia Mansa no fundo. O Matador disputando com os outros ims A, já vai lá na frente quase chegando na bóia. O orson está voando baixo com os nossos já conhecidos 34 da irc em volta, o 7 um pouco a frente e o Viernes logo atras. Breve será nossa vez de tirar o balão e começar o contravento até a ilha de Lobos.
Genoa pra cima balão para baixo, temos agora um longo contravento até a ilha de Lobos. No meio do contravento o vento caiu e virou SE a parte da flotilha que foi para dentro se deu mal, Nós ficamos no meio e seguramos a onda, continuando perto do mesmo grupo de barcos. Quem foi para fora se deu bem. Chegando na ilha de Lobos teve uma espécie de barla sota até a praia Brava e de volta a Lobos e depois um longo través folgado de balão até La Barra. Até aí estávamos mais ou menos nos segurando. Como o vento tinha caído subimos nos Lobos o spi maior e mais leve e ficamos com ele na volta de La Barra. Mas nessa perna o través ficou bem forçado e começamos a sofrer. Eram varias quase atravessadas. Folgando o burro da mestra e a sota, o barco logo se recuperava e retomava o rumo, enchendo de novo o balão, mas era claro que estava overpowered e o certo era fazer um peeling de balão. Nós não temos porém uma segunda driça de balão e ficar sem balão ali era a morte, decidimos agüentar firme. O Marina, o Nuria e o 7 com quem tínhamos nos mantido junto abriram, e o Viernes encostou e acabou nos ultrapassando quase na chegada.
Chegamos em 6º na ORC B, o Coni e o Charango corrigiram la de trás para pegar 1º e 2º o 7 ficou em 3º o Ghost ainda corrigiu na frente do Viernes que ganhou de nós. Ufa`! ainda bem que ao menos o Biguá nós conseguimos segurar. E o Bicho? Também foi mal, ficou em 10º. Amanhã é outro dia e é barla sota. Oba! Apesar do cansaço uma passada no Mobydick e um morceguinho é de lei.
Hoje é o dia decisivo. Lindo céu azul vento E de uns 15 nós. Vamos para raia cheios de gás. È hoje. Tiro de 5 pros As, todo mundo muito agressivo e acaba dando em chamada geral. Largada dos As. O vento virou pra SE favorecendo a bóia. - Não! Não; voltou pro Leste, vamos largar aqui mesmo. Largada perfeita. Estamos velejando na frente da flotilha junto de novo com o Nuria que está muito bem, em volta só tem IMS. Regata perfeita. Os outros estão bem para trás. Acho que dessa vez deu.
Segunda largada, de novo perfeita junto a juria. - Edmar tu ta ficando bom nisso! O vento mudou de novo e favoreceu o lado de fora. Damos o bordo logo, a barla do Max Power (IRC) que cambou logo que viu a rajada. Começa uma briga de orça. - Água!, Água! brada o Max Power. -Venga, venga que tienes água! sapeca o Edmar em portunhol, subindo mais uns 5 graus na rajada. Em menos de 1 minuto o Max Power cai na popa e camba, sem antes porém deixar de ouvir o comentário maldoso do Zezinho – Oh cara, parece bobo, tu não viu o nome do barco! Estamos voando baixo, bem na frente dos nossos amigos da IRC e de vários IMS. Mas bastou ficar muito confiante e la vem besteira. A mesma rondada de vento que favoreceu na largada agora voltou e erramos o lay line. Um bordinho no fim resolvia tudo, mas estamos no meio dos ims e o trafego na bóia está difícil. Boca grande é o diabo! não queremos cruzar umas popas e resolvemos insistir, confiando nas qualidades orsadoras do Orson. Pegamos a bóia.
Três xingamentos adiante, manobra de balão abortada, começamos a pagar o 360º antes mesmo da spare buoy. Como barbeiragens tendem a se somar, de súbito surgindo do nada uma mancha laranja é OD 27 Quara, que passa a menos de 1 metro de nossa proa. – Ta loco pibe!!! Grita um portenho de olhos arregalados. Bandeira vermelha. E la vai mais um 360º. Em fim balão pra cima e lá se vai nossa chance de vitória. Mas mesmo assim estávamos muito bem e agora sem o salto alto, terminamos de novo logo atrás de nossos amigos da IRC, Nuria e Marina. Tínhamos ficado em 2º Nossas palhaçadas na bóia permitiram que o Charango corrigisse na frente. Mesmo assim`, com o 1º e o 2º lugar, garantimos o premio de melhor do dia e estávamos na frente nos pontos (1 ponto na frente do Charango) mesmo sendo obrigado a descartar a Buenos Ayres-Punta e engolir o 6º lugar do La Barra. (O Charango pegou 2º , o Coni 3º , Viernes 4º na 1ª regata e na 2ª o Bicho ficou em 3º o 7 em 4º e o Coni em 5º) Estávamos eufóricos. MobbyDick e Morcegon para comemorar.
Última regata, Volta ilha Gorriti. Surpresa amanheceu sem vento. Segunda surpresa um enorme navio de passageiros estava ancorado bem no local da largada. Mudança nas instruções. Largada mais para fora no canal entre a Gorriti e a Punta Salina. E lá vamos nós a motor para a largada que vai atrasar 1 hora a espera do vento. La pelas 13 horas, uma brisa começou a entrar de ENE permitindo que se começasse o procedimento para a largada única de spinaker em direção a uma bóia fora no baixo Del Este, que nos faria aí contornar a Gorriti e seguir para a Punta Balena. Alem dela, no fundo da baia de Solanas, estava a bóia que tínhamos de contornar e voltar para terminar na entrada do porto, ao todo umas 15 M. , pelo jeito ia ser longo.
A largada foi confusa, vento bem fraco de través até a bóia e depois empopada até a Punta Balena. Ficamos presos no meio dos barcos e com dificuldade chegamos até a bóia e a contornamos junto com muitos outros em compromisso. O vento refrescou um pouco (8 a 10 nos) e rondou para o leste e começamos a andar. Jaibamos para terra onde parecia ter mais vento depois da sombra da Gorriti, ainda vimos que o Charango que estava perto, mas mais por fora ficou cobrindo o Biguá. Tinha mesmo mais vento, e estávamos andando melhor. Mas o vento logo depois parece que entrou por fora também e os barcos que ficaram por lá não estavam ficando para trás. Chegamos junto a praia e jaibamos e convergimos com os barcos que vinham de fora na Punta Balena. O Charango estava para trás, mas não muito. Péssimo sinal. Jaibamos para a bóia, que estava bem para dentro, num rumo de través. Tiramos o balão, contornamos a bóia dando um bordo para fora em direção a ponta. O Charango foi pelo bordo da praia que o favoreceu. Convergimos na Punta Balena, ele tinha ganho bastante. Seguimos bordejando pela praia e nós começamos a abrir. Mais para perto da chegada o vento ficou muito instável. Muitos buracos com algumas rajadas fortes localizadas e com rondadas de mais de 20º . Tentamos aproveitar, mas não estávamos abrindo o suficiente. Cruzamos 2 minutos na frente, mas eu sabia que tínhamos perdido. O Charango ganhou, nós ficamos em 2º , o Bicho em 3º , o 7 em 4º e o Coni 5º . Isso dava o campeonato para o Charango, nós ficamos em 2º e o Coni em 3º .
Tinha acabado! Aquele campeonato maravilhoso tinha acabado. Organização perfeita. Metereologia ideal. Acolhida calorosa nota dez. Fizemos uma bela campanha. Nossos corações tinham agüentado as emoções e os fígados o morcego e agora só faltava se arrumar para ir a festa no Cassino Conrad. Felizes e emocionados recebemos o premio e fomos homenageados com muitas palmas e aclamações pelos Argentinos e Uruguaios pela nossa performance no Circuito e pela viagem feita pelo Orson para representar o Brasil no país vizinho.
Agora é a vez deles virem para cá e vamos recebê-los com o mesmo calor no nosso Clube aqui na Ilha Bela. Estamos a espera de braços abertos e preparados para .........ganhaaar!!! MAISAAAAAHHHH.
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