segunda-feira, 11 de abril de 2011
Estreia do Mastracchio 245 na Regata do Arvoredo
Depois de tomar um bruta cacete de vento e mar o M245 entra no canal de Santos voltando ao ICS
Este sabado em Santos, na regata do Arvoredo, organizada pelo Iate Clube de Santos, estreou em nossas plagas o Mastracchio 245 (já vimos o lançamento na Argentina neste blog). O barco é um mini cruiser-racer super moderno. Tem interior bem confortavel, com banheiro separado, ideal para pequenos cruzeiros, e linhas de um racer. Tem quilha de bulbo escamoteavel, que permite que chegue na areia da praia e seja retirado da agua com sua carreta rodoviaria.
Queriamos ver, porem, as suas caracteristicas como regateiro e inscrevemos o primeiro barco a chegar aqui no Brasil na regata do arvoredo. Ele foi tripulado pelo skipper do Orson Mapfre, Edmar Alves, seu representante no Brasil, pelo nosso proeiro Dieguinho e pelo fabricante argentino, Leandro, gerente da astilleros del Sur, que estava de passagem. O tripulante de "peso" convidado faltou e o barco foi para a raia faltando uns bons 100kg na tripulação. Largaram 21 barcos sendo 4 da orc e o resto da RGS em duas largadas, a primeira para a orc e a segunda 5 minutos depois, para a RGS. Pouco acostumados com a distancia da largada em Santos a tripulação do M245, apesar da carona providencial do bote do Diretor de Vela do ICS, chegou um pouco atrasada, largando 1 minuto atras de sua classe (4 minutos a frente da RGS). Soprava um sulzinho de uns 10 a 12 nós, que permitiu logo uma subida do balão e o barquinho começou a voar no encalço dos seus concorrentes. Como o barco estava medido ORC, seus concorrentes eram todos muito maiores (Touche Super, Landrover e ASA Aluminio). Mas foi possivel avaliar a sua performance no popa em comparação aos veleiros da RGS de tamanho mais similar, o Neo 25 Mandinga, o H3+ e o Carabelli 32 Lisboa, que vinham de tras e tiveram dificuldade em reduzir a distancia inicial. Quando o vento começou a aumentar o Carabelli e o H3+ começou a reduzir a distancia com alguma dificuldade. No fim da baloada o M245 chegou a ilha do Arvoredo a frente de todos RGSs e bastante proximo dos veleiros da ORC, que considerando a diferença de rating provavelmente lhe daria uma ótima colocação.
No caminho de volta, porém, o vento aumentou e o Carabelli 32 e o H3+ passaram e o Mandinga começou a encurtar a distancia. Já passada a ponta Grossa, em frente do Costão das Tartarugas, entrou a cabeça da frente fria com mais de 20 nós de SW e rajadas de até 30, levantando um mar bem grande. O Mandinga com 5 pessoas na escora ultrapassou o M245, que lutava para controlar o excesso de vela e a falta escora, tendo logo que de abaixar a mestra e continuar só de genoa. O mar estava muito dificil e o barco se comportou bem nessas condições extremas, mas já não se estava pensando em performance mas em chegar.
O M 245 cruzou a linha, em frente ao morro do Maluf, ficando em 4a lugar na ORC, numa regata que a entrada de frente na sua segunda metade, favoreceu muito os barcos maiores e com mais peso na escora. Mas a comparação no popa com os barcos da RGS de tamanho mais proximo foi bastante positiva e no contravento, apesar da dificuldade de controlar o barco com ventão, mar grosso e sem escora, obrigando a baixar a mestra, o bicho se mostrou valente e seguro, chegando, sem maiores problemas, em condições extremas para veleiros desse porte.
Na categoria ORC a disputa foi vencida pelo Touché Super, sob o comando de Ernesto Breda, que superou o Land Rover o ASA e o M245. Na RGS-A o vencedor foi o Mandinga, de Jonas de Barros Penteado. O primeiro da RGS a cruzar foi o H3+Pouca Farinha de Carlos Alberto F. dos Santos. Na RGS- B venceu o Leija, de Luiz Renato Bastos Lia e na RGS-Cruiser o Ciao, de Dieter Voegeli.
Além dos prêmios oferecidos pela Prefeitura Municipal do Guarujá, ao primeiro e ao segundo colocado, em cada categoria, os vencedores ORC e RGS receberam o troféu “Phoenix”, disputado desde 1958, com direito a terem os nomes dos barcos e dos comandantes inscritos na placa exposta na sede do Iate Clube de Santos, no Guarujá.
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