O Orson se despedindo do farol dos moleques
Sabado passado corremos, em protesto ao desastrado projeto de expansão do porto de São Sebastião, a regata de percurso "Despedida do Farol dos Moleques". O projeto de expansão do porto, onde se preve a implantação de um gigantesco terminal de containers, com um enorme impacto sobre a estrutura viaria e sobre o proprio uso multiplo do Canal de São Sebastião, está colocando a comunidade e particularmente os velejadores, que sempre buscaram seu uso sustentavel, em polvorosa. O projeto preve que o farol dos moleques, marco tradicional da entrada sul do canal, seja engolido pelo novo terminal.
A regata foi boa, com um ventinho sul de 10 a 15 nós, sendo que na parte final da regata o vento apertou um pouco e a corrente de sul tambem aumentou bastante e acabou por ter um papel significativo nos resultados.
Largamos as 12:30, todas as classes juntas. Depois de um aperto junto a juria, a um minuto do tiro, quando o Jilick entrou de paraquedista e quase pos tudo a perder, acabamos por largar bem, com velocidade. Isso permitiu que cruzassemos vela direita, a frente da flotilha, quando cambamos para São Sebastião e passassemos folgado a frente do navio que estava estacionado ali perto. O Sessentão ia a frente andando bem, seguido pelo Montecristo e o Touche disputando entre si a dianteira, nós menores, vinhamos logo atras, abrindo rapido do resto da flotilha.
Já do lado de São Sebastião começamos a bordejar junto ao raso. O Sessentão, menos manobravel, pegou mais corrente e começou a atrasar, deixando o Montecristo e o Touche disputando a ponta, enquanto nós encostavamos.
Passamos o pier da Petrobras e a regata seguiu sem novidades até o farol. O primeiro a contornar foi o Touche, seguido do Montecristo, mais atras o Sessentão e um pouco mais atras o Orson. A diferença entre nós e o Touche não era pequena mas era proxima da diferença de rating (os outros dois são muito grandes e pagam muito, tendo poucas chances contra nós).
Na volta de balão encostamos nos dois grandes que demoraram para jaibar e encostaram na ilha, nós jaibamos no meio do canal, com mais corrente favoravel, e seguimos o Touche, que continuou abrindo. Bem atras vinham com mais vento o Jilick e um bando de Delta 32 e o Optimistic. Fizemos e seguimos os ponteiros para o lado da Ilha, o mesmo fez o Jilick atras de nós, mas os deltas foram para o raso em São Sebastião, onde a correnteza é menor.
Este era o lado correto, pois a correnteza tinha aumentado significativamente e nós não aproveitamos nossa única chance de alcançar o Touche no corrigido.
O Touche ganhou sem problemas mais de 1 minuto e meio a nossa frente no corrigido. Nós ficamos em segundo e o Montecristo em terceiro bem atras (o Sessentão não está medido). Os deltas que acertaram o lado se deram bem o Fantasma que ganhou a ORC 600 e o Realizado que chegou em segundo, cruzaram encostados no Jilick que até ali estava longe na dianteira; o Asbar ficou em 3o. Os deltas da RGS tendo acompanhado os da orc ganharam a classe, o Anequim ficou em primeiro seguido do Blue Too e BL3 (esse corrigiu em segundo).
A regata foi boa mas sofremos muito por não ter nenhum parametro, pois os barcos velejaram ou muito a nossa frente (muito maiores) ou muito atrás e é dificil velejar assim. O Jazz e os Beneteau 40.7 e até mesmo o Sony e o ASA, que apesar de racers velejam mais perto de nós, fizeram muita falta na raia.
No domingo com muita chuva e pouco vento as regatas foram canceladas. Ficando só a festa e a entrega de premios. Na nossa classe ficou sem novidades, ganhou o Touche, seguido do Orson e do Montecristo. Na ORC club ganhou o Realizado, seguido do Fantasma e do Optimistic. Na RGS ganhou o Jilick seguido do Anequim e do Jambock.
Bom agora é se preparar para a Santos Rio e o Circuito para ver se ganhamos dos Beneteau cariocas.
Tripulação do Touche e do Orson recebendo os seus premios
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