segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Regata VTR Norte do Chile 2011

Regata mais curta para os S40

Fita azul e ganhador da orc 600 Caleuche da Escola Naval chilena
Segundo a cruzar Aquiles II, batido no corrigido pelo Tensacom


Os mais importantes campeonatos de vela oceanica de nossos vizinhos do sul são No Atlantico o Rolex Circuito Atlantico Sur que acabamos de competir e no Pacifico, com uma semana de defasagem, as regatas VTR no Chile (seria o Circuito do Pacifico Sur). Essa serie de regatas, patrocinadas pela VTR, principal patrocinador da vela oceanica no pais, acontece um ano no Sul do Chile, no conhecido Circuito de Chiloé e no outro no litoral norte do Chile. Este ano é a vez do Norte do Chile. São 10 regatas programadas algumas de percurso e outras barla sota.
A regata de longa distancia aconteceu esse fim de semana entre Cocón, onde está o Yate Clube de Higuerillas, perto de Valparaiso e La Herradura em Coquimbo, no litoral norte, num percurso de 191 milhas nauticas. O “Caleuche”, da Escola Naval Chilena fez o percurso em 28 horas e 25 minutos para ser o Fita Azul da Travesía de longa distancia VTR Norte, primeira prova do campeonato.
Vinte e cinco minutos depois cruzaram os iates Aquiles de Emilio Barayon, logo seguido do Tensacom (Malbec 360)de Ricardo Ramírez, todos os tres serios candidatos ao trofeu de tempo corrigido (resultados abaixo).
Lamentavelmente, nas proximidades de Puerto Velero, o iate feminino VTR teve de abandonar a regata com o pau de spinaker quebrado.
Os S40 correram um percurso menor de 27 milhas entre Tongoy e La Herradura, que foi ganho pelo chileno Mitsubishi de Horacio Pavez, superando o brasileiro Phoenix de Eduardo Souza Ramos. Na vespera os S40 fizeram o circuito inverso de La Herradura a Tongoy quando a flotilha foi liderada pelo Phoenix. Dessa forma até agora o Phoenix esta na frente com 3 pontos, seguido do Mitsubishi com 4 e Claro com 7. (resultados abaixo). Na 3a feira a competição retomara com 2 regatas Barla Sota.

Resultados corrigidos extraoficiais ORC 600
1 Caleuche
2 Tensacon a 9:46 min
3 Aquiles II a 30: 47 min
4 Arran a 47:14
5 Beduino, 1:25:28
6 Corona, 2:26:08
7 Squalo Bianco 5:49:49
Vtr DNF

TABELA ACUMULADA CATEGORÍA SOTO 40-OD

1.- Phoenix, de Eduardo Souza Ramos: 3 (1 – 2)
2.- Mitsubitshi, de Horacio Pavez: 4 (3 – 1)
3.- Claro, de Dag von Appen: 7 (4 – 3)
4.- Celfin Capital, de Jorge Errázuriz: 8 (2 – 6)
5.- Entel, de Per von Appen: 9 (5 – 4)
6.- Santander, de Jorge Araneda: 11 (6 – 5)
7.- Movistar, de Ramón Eluchans: 14 (7 – 7)
8.- VTR, de Manuel Urzúa: 16 (8 – 8)


La quando venta venta mesmo, numa dessas é que o barco feminino quebroua a retranca

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Circuito Atlantico Sur 2011 - Volta a Gorriti

Equipe Orson Mapfre na entrega de premios de terceiro na volta a Gorriti

Atrevida treinando para a regata de classicos, um show a parte.

Orson Mapfre, segundo a direita da foto, tenta escapar da flotilha no balão




Largada em popa.

Foi disputada sabado a tradicional Vuelta Gorriti, uma prova costeira de media distancia de 15 millas náuticas que fecha o Circuito Atlantico Sur. Ela larga em frente ao porto, no canal da Gorriti em direção a uma boia fora, em frente ao bajo del leste e desta a flotilha tem de passar a Punta Balena e seguir para uma boia na praia na enseada de Solanas e voltar costeando a punta balena, em frente a Casa Pueblo, passar uma boia na ponta e voltar pela baia de Maldonado até uma boia na praia mansa terminando outra vez em frente ao porto, contornando dessa forma a Ilha Gorriti e toda a area das regatas.
O vento, que estava de Leste com 8 nós na largada, foi aumentando chegando aos 15 nós na volta, com isso a regata foi rapida terminando em pouco mais de tres horas.
A largada em popa foi dada primeiro para os S40 e depois para o resto da flotilha. Largamos logo atras do Shangai Baby e do Bachajo, mas meio embolado com barcos menores e mais lentos. O vento fraco favorecia os barcos pequenos, que se mantiveram assim durante todo o popa. O Navegante largou na frente do nosso grupo, abriu um pouco, mas a medida que o vento aumentava nosso grupo começou a andar e a passar os mais lentos, mantendo a diferença inicial para ele. Chegamos na boia de Solanas, tiramos o balão e orsamos para o lado da casa puebla até dar altura para a boia na punta balena. O Shangai e o Bachajo deram o bordo um pouco antes. Demos o bordo para a boia e quando estavamos a uns 300 metros dela, primeiro o Bachajo e depois o Shangai, mais por fora, cruzaram a nossa proa, seguindo no encalço do Navegante, que estava uns 300 m mais a frente. Tinhamos encurtado a diferença!O vento apertou e o Shangai por fora e nós por dentro começamos a andar. Primeiro o Shangai ultrapassou o Bachajo por barla, enquanto nós, mais a baixo, encurtavamos significativamente a distancia. Fomos os primeiros a chegar na praia e demos o bordo em cima da areia. O Shangai cruzou a uns 100 metros da nossa proa, indo para a praia. O Bachajo tambem cruzou, mas muito perto, a menos de 3 barcos de distancia. Esse deu o bordo para nos marcar e iniciamos um duelo de bordos. Perdemos um pouco para o Shangai, mas conseguimos escapar da marcação do Bachajo. Fizemos a ultima boia e iniciamos com ele um duelo agora de velocidade para a linha. Passamos por sota e começamos a abrir. Com a velocidade ele começou a cair na nossa popa e cruzamos quase um minuto a frente dele. Perdemos no real para o Navegante II e o Shangai Baby. O primeiro, como paga muito para nós, ficou atras do Shangai. Nós, enorme coincidencia, empatamos com o Bachajo no tempo corrigido, ficando os dois em terceiro.
Com isso defiu-se o campeonato. O Shangai Baby conseguiu uma magnifica vitoria na divisão B da orc internacional, ficando inclusive segundo no geral, atras do Gaucho, que foi o incontestavel vencedor da classe com 12 pontos de diferença. O Bachajo ficou em segundo e o Navegante II em terceiro. O Corum, um ponto a nossa frente, ficou e quarto e nós em quinto.
Nós velejamos muito bem, mas as velas velhas, que rasgaram no vento forte da regata longa e atrapalharam a performance nas outras, e a precipitação, na malfadada largada da segunda barla sota, nos prejudicaram muito. Com apenas um descarte tivemos que engulir um ultimo que definiu a classificação final. Sem isso estariamos disputando o segundo com o Bachajo.

Agora estamos de volta e o Orson Mapfre esta esperando janela de vento para voltar. Precisamos colocar o barco em ordem depois da viagem, encomendar velas novas e nos preparar para os proximos compromissos: Regata de Caras, 1a e 2a etapa do Campeonato de ilhabela e a Buzios Sailing Week, onde devemos reencontrar o Lucky, culminado com Rolex Ilhabela Sailing Week, que dessa vez deve contar, para disputar o Sulamericano, com o Shangai Baby, campeão argentino da classe em 2010 e bicampeão do Circuito Atlantico Sur.
Vai ser emocionante e vamos fazer tudo para dessa vez vence-lo. Vai ser dificil mas temos condições para isso. Mesmo se não o fizermos vai ser o coroamento de uma disputa renhida, leal e amiga que já vem se desenrolando desde o ano passado. Uma outra disputa do mesmo tipo, inicada em 2007, no tempo do Orson SK30, com a tripulação do Lucky, uma das melhores do Brasil, deve se renovar esse ano na Buzios Sailing Week, na RISW e no Circuito de Niteroi e promete grandes emoções, particularmente por que breve deve se juntar a ela o Super Pimpo, outro irmão, com uma tripulação de grandes velejadores.
Assim o ano parece promissor e devemos continuar contando com o Patrocinio da Mapfre Seguros. Todos estaremos encetanto um grande esforço para nos mostramos a altura do desafio e da confiança depositada pelo patrocinador.

Shangai Baby Campeão Argentino 2010 e bicampeão do Circuito Atlantico Sur dessa vez deve vir disputar o Sulamericano

Bachajo dessa vez foi o viceNavegante II foi o terceiro

Orson Mapfre apesar da desvantagem vai tentar trazer o sulamericano para o Brasil na RISW

sábado, 22 de janeiro de 2011

Circuito Atlantico Sur 2011- 5a e 6a regatas Barla Sota

No popa Orson Mapfre persegue o Shangai baby

Orson Mapfre indo para a chegada na primeira regata

no contravento Orson Mapfre cobrindo o Shangai baby

Orson Mapfre disputa a barla sota com muito vento com Shangai baby atras

Depois de um dia de descanso hoje recomeçou o campeonato com duas regatas barlasota.
Saimos as 12 00 para a raia da baia de Maldonado com dia lindo e vento Leste de 12 nós aumentando para 15 na largada. As rajadas um pouco mais fortes favoreciam o lado da praia fazendo nos dar preferencia a largar junto a boia. Esperamos as duas primeiras largadas e saimos muito bem do lado favorecido na terceira largada, com o vento já indo para uns 17. O Bachajo largou muito bem, um pouco por cima da gente, enquanto o Shangai e o Navegante largaram na juria. Nós iamos muito bem ganhando altura sobre o Bachajo, quando o cabo do timão quebrou e quase perdemos o leme. Ligamos o piloto que se conecta direto ao quadrante do leme e iniciamos um concerto de emergencia usando um cabo de spectra. Com o piloto o barco começou a perder altura e o Bachajo começou a se distanciar. O concerto era complicado. Graças a Deus tinhamos o departamento de manutenção da ilhabela inteiro a bordo! Em uns 10 minutos, já bem perto do lay line, o leme começou a funcionar, apesar de uma folga de mais de meio giro de timão. No lay line demos o bordo para a boia. O Bachajo foi o primeiro a fazer a boia e nós vinhamos atrás dele, um pouco atrasados e tivemos de dar água ao Shangai, que vinha no bordo de fora de vela esquerda, com o Navegante uns 3 barcos atras. Demos agua para o Shangai e cambamos entre ele e o Navegante, fazendo a boia antes deste e causando um certo stress, com direito a ameaças de protesto etc. Mas era claro que tinhamos espaço e o protesto não se concretizou. Levantamos o balão e la fomos nós atras do Shangai Baby e do Bachajo. Decemos bem, mas o leme com folga não ajudava e o Navegante acabou por nos ultrapassar. Entramos em um novo contravento e conseguimos, apesar de tudo, não deixar o Navegante escapar. Ele se afastou um pouco, quando tivemos que dar um bordo a mais para nos desviar de um barco vindo de balão com preferencia. Fizemos a boia e decemos de novo de balão, mantendo a distancia e garantindo a posição a sua frente, já que ele paga um bom tanto para nós. O resutado foi o Bachajo cruzando em primeiro e o Shangai em segundo, depois o Navegante e nós logo atras. Na correção ganhou o Shangai com o Bacachajo em segundo, o Two um corum OD27, que chegou bem depois, corrigiu em 3o e nós em quarto, ficando o Navegante em quinto.
Para a segunda regata o vento aumentou para mais de 20 nos com rajadas de mais de 27, passando o limite de nossas velas. Nós tinhamos concertado o leme e essa era a regata decisiva. Largamos outra vez muito bem junto a boia indo para o lado favorecido da raia. O Bachajo se enrrolou em uma manobra na largada e largou bem atrasado. O Shangai largou por baixo de nós e um pouco atrasado, mas estava andando muito bem de genoa 3. Ahh que inveja! Nós só temos a 2 e a 4, as duas inadequadas para essas condições de vento. O Navegante tambem vinha bem, um pouco por cima de nós, pois tinha largado na juria. Começamos a fazer altura em cima dele. A correnteza estava forte e passamos um pouco o Layline. O Shangai cambou no lay line e o Navegante cambou para cobri-lo, nós ficamos livres e cambamos para a boia. Fomos os primeiros a chegar nela, seguidos de perto pelo Shangai e com o Navegante mais atras. O vento estava a mais de 25 e a descida de balão foi de alta adrenalina, barcos a nossa volta se descontrolavam e atravessavam, mas descemos sem problemas e fizemos a boia seguidos de muito perto pelos dois barcos. Na boia, atrasamos a retirada do pau e não pudemos assim cambar, logo depois da boia, para o lado favorecido e o Shangai tomou a iniciativa de faze-lo, escapando da nossa marcação. Chegamos quase juntos a boia e iniciamos novamente a louca baloada com o vento entre 26 e 27 e muita onda, seguindo o Shangai de muito perto. Mantivemos o barco bem arribado seguindo direto para a chegada, mas dando para isso guinadas a barla assustadoras, quase metendo o pau de spi na agua. O Navegante tentou acompanhar o nosso rumo e deu um chines ficando para bem para tras. Ainda estava lá, atravessado, quando cruzamos a linha, logo atras do Shangai Baby.
Corrigimos em segundo enquanto o Shangai garantia mais uma vitoria. Dessa vez o Bachajo e o Navegante foram mal e o OD27 que ganhou a regata de Solanas garantiu um terceiro atras de nós. Foram duas regatas emocionante, com quebras e concertos em marcha, manobras em proximidade, muito vento e jacarés nas ondas em alta velocidade. Nós ainda estamos amargando os dois DNF, mas estamos apesar de tudo ainda mirando o pódio. Estamos a 3 pontos do Navegante e a 6 do Bachajo empatados com o OD27. Amanhã é a volta a Gorriti e a previsão é boa. Não vai faltar vento. Vamos ver o que acontece.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Circuito Atlantico Sur - Regata de Solanas

Depois da largada o Orson Mapfre desce de balão em direção a boia na praia mansa, enquanto o Maria Maria parece saltar da agua numa onda curta

rumando para a boia na baia de Solanas
Flotilha voltando da baia de Solanas
Flotilha seguindo para a Punta Balena com a ilha Gorriti e Punta del Este ao fundo
O vento cai enquanto o grupo de fora tenta chegar a Punta Balena


Como era de se esperar, perdemos o pedido de reparação. No julgamento a comissão foi categorica que a bandeira de escapado ficou asteada por 4 minutos, apesar de a termos visto baixar quando voltaram os dois barcos. Diante disso foi confirmada a nossa situação de barco escapado.
Os resultados não estão refletindo o que estamos velejando. É uma pena! Estavamos muito bem na longa, quando a mestra rasgou nos fazendo desistir. No primeiro dia fizemos duas regatas brilhantes onde dominamos os oponentes, andando mais e orsando mais. Pagamos um montão para o Shangai e acabariamos fazendo 2 segundos, sendo que um por menos de 2 segundos de diferença. A escapada na largada da segunda regata porem nos valeu uma desclassificação. Decepcionante, mas o moral está alto porque estamos velejando muito bem.
Hoje fomos para raia de novo as 13 00 para a regata de percurso La Barra. Antes de inicar os procedimentos fomos mandados todos de volta para o porto, pois estava prevista uma entrada de frente muito forte com ventos de 45 nós. Um charuto enorme estava realmente se formando no mar.
Foi feito um retardamento de 3 horas, enquanto o pau comia la fora.
As 15:30, já com um vento de sul de uns 15 nós, voltamos a sair para largar para o percurso alternativo de Solanas, saindo da boca do porto passando por algumas boias na baia de Maldonado e seguindo para uma marca fora da Ponta Balena e seguindo para outra marca junto a praia na baia de Solanas e voltando pelo mesmo caminho.
Foi uma largada dificil, com todos os barcos juntos e saindo por uma linha espremida dentro do canal da Gorriti. Tentamos uma largada arriscada, mas a unica que nos conduziria na direção correta, junto ao molhe, de balão e vela direita, cruzando a frente da flotilha. Fomos, com o Gaucho, de vela esquerda em direção do molhe, surfando na onda e tentando não estourar. A uns 30 segundos da largada jaibamos bem junto ao molhe e subimos o balão, logo atras do Gaucho, e largamos. O nosso bordo era, perigoso, mas muito favorecido, começamos a cruzar na frente da flotilha surfando nas ondas. O Gaucho maior e mais rapido, conseguiu cruzar todo mundo ficando em primeiro livre. Nós, no meio da flotilha, fizemos um crash jaibe e começamos a voltar vela esquerda, numa posição boa, mas não espetacular.
Tinhamos que fazer uma marca junto a praia em frente a ilha Gorriti e assim que conseguimos, jaibamos com varios barcos em direção a essa boia, nos desviando dos que ainda desciam vela esquerda. Na boia os nossos competidores estavam a nossa frente. O Bachajo, logo ao nosso lado, o Navegante II bem a frente e o Shangai Baby uns 6 barcos a frente e e a sota.
Agora precisavamos decidir se iamos para fora, pegar o vento do outro lado da Gorriti, ou tentar a sorte do lado da praia. O vento tinha caido bastante e do lado da praia parecia mais forte, ou ao menos as rajadas mais fortes, pareciam estar mais perto. Nós e o Bachajo jaibamos para lá. O Shangai e o Navegante seguiram para fora. Os barcos pequenos que estavam andando melhor nesse ventinho se dividiram.
Andamos bem, com o vento caindo cada vez mais, até o fundo da praia junto a Punta Ballena. Até aí parecia a escolha correta, quando vento acabou completamente e ficamos todos boiando por uma boa hora e meia.
Nesse ponto a regata parecia que ia ser anulada, pois o limite de tempo era as 8 da noite e tinhamos largado tarde, aí começou a entrar um ventinho do mar. Os de fora, bem mais para tras, pegaram primeiro, particularmente um OD27 que estava bem adiantado. Nós, um bom tempo depois, já de genoa, tambem pegamos. O ventinho virou para o NE e firmou, uns 7 a 8 nós, voltando a dar balão e la fomos nós para a boia. A Flotilha fez a boia embaralhada, barcos grandes e pequenos, barcos rapidos e lentos misturados. Varios pequenos aproveitaram a entrada do vento e foram para a frente. O Navegante estava a um quarto de milha e o Bachajo uns 15 barcos a nossa frente. O Shangai estava bem atrás, outros 15 barcos. Passada a boia dava um traves apertado para a proxima marca de volta na Punta Balena e outro traves ainda mais apertado (sem balão) de volta a entrada do Porto. Chegamos na boia junto com dois barcos mais lentos e tentamos passar no meio deles. Por pouco da errado. O mais lento fez a boia bem apertado e não conseguimos entrar a barla dele por dentro na boia, tendo que desviar da sua popa(rente), e entrar por fora, entre ele e o seguinte. Conseguimos por um triz. O outro barco tinha exagerado um pouco no espaço dado ao barco interno e aí conseguimos nos meter. Ufa!quase.
Voltamos em direção a marca da Ponta Balena, passando o Nuria e perseguindo o Bachajo. O Navegante já ia mais a frente. O Shangai Baby, um bom tanto atrás, colocou o Code Zero e começou a reduzir a distancia rapidamente. O vento tinha aumentado para uns 15 nós e o code zero do Shangai estourou antes que ameaça se tornasse muito séria. Fizemos a boia e demos o bordo em direção a ultima marca, lá longe em frente ao Conrad na praia mansa. Ai foi uma corrida de velocidade, soltando o barco num través bem apertado, aproveitando ao maximo a linha dagua e as ondas para dar mais velocidade. Na ultima marca levantamos o balão jaibado (jaibe set)e arribamos fazendo um ultimo percurso em traves folgado para a chegada, junto ao molhe.
Chegamos bastante no Navegante e no Bachajo, mas não o suficiente para vence-los. Dois pequenos OD27 venceram a classe pegando primeiro e segundo. O Bachajo ficou em terceiro, o Navegante em quarto e nós em quinto e o Shangai em sexto. Seria um otimo resultado se não tivessemos sido desclassificados na vespera, pois embaralhou a distribuição de pontos, mas nós estamos atras. As barla sotas de amanhã serão decisivas para nos colocar de volta com chances de podio.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Circuito Atlantico Sur 2011 segunda e terceira regatas -barla sotas

Flotilha com a Punta Balena ao fundo
Orson Mapfre a frente do Shangai Baby e do Navegante II fazendo a perna de balão
Orson Mapfre na largada da primeira regata
voando de balão, preparando a baixada do spi para fazer a boia de sota

O Orson Mapfre teve hoje um dia maravilhoso de regatas. Ventos de 17 nos de E na primeira regata e de 20 de NE na segunda. Largamos bem e fomos para o lado favorecido (da praia) abrindo do Shangai Baby e do Beneteau first 35 Navegante II, vencedor da BA Punta, e do Bachajo, nossos principais concorrentes. Chegamos na boia na frente, cambando, no lay line, na cara do Shangai. Fizemos um ótimo popa, abrindo deles e repetimos o contravento abrindo ainda mais da flotilha, mas mantendo a distancia do Shangai. No popa ele ficou na nossa popa e chegando próximo a chegada, jaibamos nos livrando deles e fomos para linha. Eles se enganaram acreditando que havia mais uma volta, e em vez de nos seguir, foram pra a boia e sò percebendo o erro tarde. Tiveram que tirar o balao para chegar na linha e cruzaram de genoa 45 segundos atras de nós.
Acreditavamos ter ganho, pois medimos igual (GPH), mas com o vento forte, a quilha de bulbo deles, tem muita vantagem na medicao e acabamos corrigindo 2 segundos atras deles, pegando segundo lugar no que acreditavamos ser uma espetacular vitoria.
A segunda regata foi muito parecida com a primeira, com um pouco mais de vento. Houve uma primeira largada com chamada geral e uma segunda que largamos bem, mas houve uma chamada individual. Os dois barcos a nossa frente voltaram e a juria baixou a bandeira e nós seguimos em frente, acreditando ter largado ok. Dominamos a regata, o Navegante II chegou a ameacar no popa, mas acabou por ficar para tras. Recebemos o apito de chegada bem a frente do Shangai no que parecia ser uma segunda vitória.
Em terra só tinha saido o resultado da primira regata e claro que pela correcao da primeira regata, percebemos que o Shangai tinha ganho a segunda tambem e que deviamos ter pego um outro segundo. O resultado só veio na entrega de premios e fomos suprendidos por uma desclassificacao.
Estamos entrando com um pedido de reparacão, pois acreditamos que fomos prejudicados por erro da juria que baixou a bandeira de barco escapado, nos dando a impressao de estarmos ok. Alem doque tinhamos a impressão de estar atras da linha. Este serà julgado amanhã.
Nos esforçando para nao ser afetados por essa decepcao, estamos nos preparando para a regata de percurso de amanha a LaBarra, que esperamos poder abrir mais sobre o Shangai, ja que nossa quilha deve funcionar melhor que a deles com mais onda.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Orson Mapfre rasga mestra e abandona Buenos Aires Punta

Largada em Buenos Aires
regata Buenos Aires Punta a poucas horas da largada
Orson Mapfre concertando o leme fora da agua no YCA antes da largada

Depois de uma velejada emocionante, com 22 nós de leste na largada e muita onda, com o cair da noite o Orson Mapfre chegou muito bem colocado junto a costa Uruguaia. O vento como previsto ao cair da noite rondou para o Norte e cambamos paralelo a costa em direção a Montevideo. O vento apertou para uns 27 nós com rajadas de 30. As duas da madrugada, numa destas rajadas a valuma da mestra rasgou e teve de ser arriada. Continuamos mais um pouco de genoa 4, mas a regata estava comprometida. Decidimos poupar o barco e a vela e, com muita pena, abandonamos a regata. O Orson Mapfre a partir dai seguiu a motor para Punta del Este chegando neste porto as 17:30. Foi uma grande decepção pois até o momento em que perdemos a mestra dominavamos a classe, estando bem a frente do Shangai baby e do Navegante II. O Shangai acabou tambem por rasgar a mestra e chegou mal, mas velejando com genoa e trisail de temporal. O Navegante II chegou por volta das 13 00 e acabou por ganhar a classe.
Terça feira as regatas continuam com duas barla sotas. A previsão é boa com vento forte de leste e nordeste.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mais um S40 chileno, e o Farr 4000

VTR o mais novo S40 chileno

Farr 4000 desmontado no container

Farr 4000

Esta quase pronto o S40 #18 (o #17 já foi, agora começam a fazer os que vão para a Europa) que deverá ir para o Chile ainda em tempo de competir esse verão. A produção desses barquinhos de sonho (são meio caros para a minha realidade) tem sido tão regular que já está ficando sem graça publicar os seus lançamentos. Agora o mais interessante é especular sobre a evolução desta primeira classe de monotipos de oceano que nasceu aqui no nosso quintal e já vem se tornando uma classe de relevancia mundial.
Este é o primeiro ano que a flotilha vai se dividir. Nesse começo do ano uma parte dos S40 esta vindo como sempre para o Circuito do Atlantico Sur em Punta del Este, mas uma parte significativa ficou ou foi para o Oceano Pacifico, disputar o Circuito de Chiloé, uma das mais importantes provas da temporada Chilena. O mesmo vai acontecer no 2o semestre, uma parte da flotilha deve vir para o Brasil, como o ano passado correr a RISW e a Copa Mitsubishi, mas outros vão ficar tentados a enfrentar os europeus na Med cup e com maior experiencia acumulada no barco podem ter sucesso. Em todo caso será um ano divertido de se acompanhar a evolução desta classe, pois ele será decisivo para o crescimento internacional desta flotilha. Existe um grande interesse pelo barco de armadores australianos e em Hong Kong, mas estão esperando qual será o comportamento do S40 nas provas internacionais e na pontualidade e eficiencia de suas entregas ao mercado europeu.
O nicho de mercado do S40 (o substituto do Farr 40 como o monotipo de oceano de alta performance) está tão quente que o proprio Bruce Farr está anunciando um novo projeto, o Farr 4000, muito similar, mas sem concessões a economia, claro que bem mais caro. O Farr 4000 tem uma proposta interessante de faze-lo transportavel para fazer regatas em todo lugar sem ter que veleja-lo até la. Ele cabe desmontado certinho em um container, forma mais pratica e até mais barata. Quem já transportou um barco de Buenos Aires a Santos que o diga, particularmente um S40. Esperemos que o Farr 4000 não concorra com o S40 diminuindo seu potencial de expansão. Especula-se que ele seja mais voltado para o mercado americano, vamos ver.
No Brasil estamos esperando pelo Carabelli 30, cujo primeiro deve sair breve, para ver como vai se comportar e como será na pratica sua viabilidade economica como o primeiro monotipo alta performance verdadeiramente de oceano no Brasil. Nós não temos nada parecido desde os ILC 30, ha 15 anos atras em outro estagio de tecnologia.

Orson Mapfre em Buenos Aires

Orson Mapfre no YCA em 2010

O Orson Mapfre chegou esta manhã a sede da Darsena Norte do YCA em Buenos Aires, procedente de Punta del Este onde fez escala, depois de uma travessia quase direta de Santos (fez uma parada tecnica de algumas horas em Laguna para reabastecimento). Agora só falta o resto da tripulação que chega amanhã. O Orson Mapfre, unico veleiro brasileiro inscrito, estará correndo com uma tripulação predominantemente Ilhabelense com Edmar Alves (skipper), Gereba, Ludi, Dieguinho, Bruninho, Denis e Felipe e eu; os dois ultimos ilhabelenses honorarios, já que la velejamos grande parte de nossas vidas. Contaremos ainda com um nono tripulante que em algumas regatas será o Cuca do Alegria e em outras o Atila comandante do Atrevida.
Uma ótima velejada para nós é o que eu desejo nesta 4a participação da equipe e 3a do barco no Circuito do Atlantico Sur.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Orson Mapfre sai de Ilhabela rumo a Buenos Aires

Cruzamos a linha, Fim da ultima regata em Punta em 2010
Punta. Já vamos pra la de novo!!!
Orson Mapfre disputando com o Lucky na RISW 2010


O Orson Mapfre saiu hoje no fim no fim da tarde da Ilhabela rumo a Buenos Aires, com os nossos tripulantes Ludi e Jereba, para competir em mais um Circuito do Atlantico Sur. Desejamos para ele uma boa viagem.