Na foto a praia do Jabaquara lotada de competidores prontos para a festa
Regata do Jabaquara
Apesar de nosso treino ter ido para o espaço por um "forfait" generalizado dos tripulantes (O Dieguinho e o Guilherme ainda estão no mar trazendo barcos do sul, o Gonzalo e o Alberto não puderam descer) a 1ª Regata do Jabaquara foi um absoluto sucesso.
O tempo meio chuvoso da manhã abriu e entrou o lestinho esperado. Apenas a corrente surpreendeu, pois a aproximação de nova frente trouxe uma forte corrente de sul, que com o vento de NE e Leste levantou uma certa ondulação na saída do canal. Isso mudou o caminho ideal a ser percorrido – em vez de perto das pedras, ficou mais para o meio do canal.
A largada em frente à vila foi retardada uns 15 minutos e foi dada, para todos os barcos, as 12 45, com vento NE de uns 12 nós. Com a forte correnteza precisava tomar muito cuidado para não estourar a linha, alem de evitar os catamarãs (Hobies 16 , Nacras e Tornados), que tem um ângulo de orsa totalmente diferente do nosso. Largamos bem, junto à bóia e seguimos para o meio do canal acompanhados do Maria Preta, que largou um pouco atrás e mais para o meio da linha. O Fram, com a tripulação reforçada pelo pessoal do Fantasma e alguns do Jazz, largou mais perto da terra e optou, ao menos no começo, pelo lado da ilha, dando o bordo em direção ao YCI.
O Maria Preta, que ficou por baixo de nós, com menos altura, mas com mais linha dagua, foi nos alcançando aos poucos e foi o primeiro a atingir o limite do canal e dar o bordo. O Orson ainda na frente, comigo, o Edmar, a Chri, o Marcão e o Bruno, deu o bordo logo em seguida, mantendo a marcação. O vento mais firme já estava em uns 15 nós. O Fram perdeu um pouco, junto à ilha, com menos vento e bem atrás, cambou para o meio do canal, cruzando, distante, as nossas popas, indo para o limite do canal. Mesmo marcado o Maria Preta, orçando menos, aproveitou sua velocidade de casco maior e o reforço do vento e nos ultrapassou por sota. Nessa altura o Fram também cambou, assumindo rumo paralelo ao nosso.
Como essa regata era sem rating, realizamos que no sprint nós íamos perder para o Maria Preta e provavelmente para o Fram, que já estava encurtando a distancia e resolvemos explorar as rajadas junto à ilha e a virada do vento para Leste na saída do canal. Demos o bordo em direção ao fim da praia da Armação, no que fomos seguidos pelo Fram, mais para traz. O Maria Preta continuou em frente em seu rumo para fora do canal. Chegamos junto à ilha e demos o bordo. O vento estava instável, mas mais forte, uns 17 nós com algumas rajadas de 20 e até 25 junto às Canas. O Fram chegou junto à ilha, mais para traz, na altura do Pinto e deu o bordo para o meio do canal novamente. Nós chegamos na faixa de vento mais forte e cambamos de volta para a ilha para passar bem junto às Canas e pegar as rajadas mais fortes e a rondada para Leste. A tática rendeu, tínhamos ultrapassado o Maria Preta. O Fram, que de forma menos radical, fez o mesmo caminho, tinha encostado nele. Começamos a bordejar junto a ilha, mantendo-nos por dentro e a frente dos dois adversários maiores.
Passada a Ponta das Canas o vento voltou a cair, primeiro para uns 15 nós e depois para uns 12 e tanto o Fram, mais por fora, quanto o Maria Preta, estavam com vantagem de velocidade. A única saída era atraí-los para um duelo de bordos junto as pedras, apesar de estarmos com uma catraca quebrada. Perto da Pacuiba, lá fomos nós para as pedras. O Maria Preta sabiamente evitou vir atrás e deu um bordo para fora para marcar o Fram e ir direto para o lay line externo da bóia de chegada. Nós ganhamos distancia com as rajadas junto às pedras, mas a ponta de pedra antes do Jabaquara, fazia com que não houvesse um lay line interno. Tínhamos que dar o bordo e contornar a ponta para chegar à linha de chegada e o Maria Preta vinha no Lay line externo com tudo e mais atrás também o Fram. Não dava mais para ganhar! Cruzamos a popa do Maria Preta e demos o bordo para a linha, ainda na frente do Fram, que estava um pouco atrasado.
Não vi os tempos, mas creio que chegamos a menos de 1 minuto do Maria Preta e talvez 2 minutos a frente do Fram. Um duelo excitante, de pouco mais de uma hora, num vento perfeito e suficiente adrenalina para limpar as teias de aranha de 3 meses de inatividade. Lá vamos nós para festa.
O bar do Jabaquara e os organizadores ofereceram uma festa bárbara, com direito a musica ao vivo, dança, canoa de cerveja e a indefectível Cuba Libre, com coca da canoa e rum dos pagadores de apostas. Tudo acompanhado de algumas emoções no desembarque dos botes (rebentação, molhação e alguns celulares perdidos) e arrasto de ancora do Orson. Isso tudo coroado, com a suprema manzeira, de uma pane seca no mesmo, na hora de voltar. Ao menos isso nos permitiu uma bela velejada noturna e uma atracação sem maiores percalços, graças à ajuda do reboque final do Fram, quando o vento acabou.
Agora, em duas semanas, em fim com toda a tripulação reunida, devemos ir para o verdadeiro treino - o warm up. Treino nada pessoal! dessa vez já é para valer. Maisaaahhhh!!!!
Regata do Jabaquara
Apesar de nosso treino ter ido para o espaço por um "forfait" generalizado dos tripulantes (O Dieguinho e o Guilherme ainda estão no mar trazendo barcos do sul, o Gonzalo e o Alberto não puderam descer) a 1ª Regata do Jabaquara foi um absoluto sucesso.
O tempo meio chuvoso da manhã abriu e entrou o lestinho esperado. Apenas a corrente surpreendeu, pois a aproximação de nova frente trouxe uma forte corrente de sul, que com o vento de NE e Leste levantou uma certa ondulação na saída do canal. Isso mudou o caminho ideal a ser percorrido – em vez de perto das pedras, ficou mais para o meio do canal.
A largada em frente à vila foi retardada uns 15 minutos e foi dada, para todos os barcos, as 12 45, com vento NE de uns 12 nós. Com a forte correnteza precisava tomar muito cuidado para não estourar a linha, alem de evitar os catamarãs (Hobies 16 , Nacras e Tornados), que tem um ângulo de orsa totalmente diferente do nosso. Largamos bem, junto à bóia e seguimos para o meio do canal acompanhados do Maria Preta, que largou um pouco atrás e mais para o meio da linha. O Fram, com a tripulação reforçada pelo pessoal do Fantasma e alguns do Jazz, largou mais perto da terra e optou, ao menos no começo, pelo lado da ilha, dando o bordo em direção ao YCI.
O Maria Preta, que ficou por baixo de nós, com menos altura, mas com mais linha dagua, foi nos alcançando aos poucos e foi o primeiro a atingir o limite do canal e dar o bordo. O Orson ainda na frente, comigo, o Edmar, a Chri, o Marcão e o Bruno, deu o bordo logo em seguida, mantendo a marcação. O vento mais firme já estava em uns 15 nós. O Fram perdeu um pouco, junto à ilha, com menos vento e bem atrás, cambou para o meio do canal, cruzando, distante, as nossas popas, indo para o limite do canal. Mesmo marcado o Maria Preta, orçando menos, aproveitou sua velocidade de casco maior e o reforço do vento e nos ultrapassou por sota. Nessa altura o Fram também cambou, assumindo rumo paralelo ao nosso.
Como essa regata era sem rating, realizamos que no sprint nós íamos perder para o Maria Preta e provavelmente para o Fram, que já estava encurtando a distancia e resolvemos explorar as rajadas junto à ilha e a virada do vento para Leste na saída do canal. Demos o bordo em direção ao fim da praia da Armação, no que fomos seguidos pelo Fram, mais para traz. O Maria Preta continuou em frente em seu rumo para fora do canal. Chegamos junto à ilha e demos o bordo. O vento estava instável, mas mais forte, uns 17 nós com algumas rajadas de 20 e até 25 junto às Canas. O Fram chegou junto à ilha, mais para traz, na altura do Pinto e deu o bordo para o meio do canal novamente. Nós chegamos na faixa de vento mais forte e cambamos de volta para a ilha para passar bem junto às Canas e pegar as rajadas mais fortes e a rondada para Leste. A tática rendeu, tínhamos ultrapassado o Maria Preta. O Fram, que de forma menos radical, fez o mesmo caminho, tinha encostado nele. Começamos a bordejar junto a ilha, mantendo-nos por dentro e a frente dos dois adversários maiores.
Passada a Ponta das Canas o vento voltou a cair, primeiro para uns 15 nós e depois para uns 12 e tanto o Fram, mais por fora, quanto o Maria Preta, estavam com vantagem de velocidade. A única saída era atraí-los para um duelo de bordos junto as pedras, apesar de estarmos com uma catraca quebrada. Perto da Pacuiba, lá fomos nós para as pedras. O Maria Preta sabiamente evitou vir atrás e deu um bordo para fora para marcar o Fram e ir direto para o lay line externo da bóia de chegada. Nós ganhamos distancia com as rajadas junto às pedras, mas a ponta de pedra antes do Jabaquara, fazia com que não houvesse um lay line interno. Tínhamos que dar o bordo e contornar a ponta para chegar à linha de chegada e o Maria Preta vinha no Lay line externo com tudo e mais atrás também o Fram. Não dava mais para ganhar! Cruzamos a popa do Maria Preta e demos o bordo para a linha, ainda na frente do Fram, que estava um pouco atrasado.
Não vi os tempos, mas creio que chegamos a menos de 1 minuto do Maria Preta e talvez 2 minutos a frente do Fram. Um duelo excitante, de pouco mais de uma hora, num vento perfeito e suficiente adrenalina para limpar as teias de aranha de 3 meses de inatividade. Lá vamos nós para festa.
O bar do Jabaquara e os organizadores ofereceram uma festa bárbara, com direito a musica ao vivo, dança, canoa de cerveja e a indefectível Cuba Libre, com coca da canoa e rum dos pagadores de apostas. Tudo acompanhado de algumas emoções no desembarque dos botes (rebentação, molhação e alguns celulares perdidos) e arrasto de ancora do Orson. Isso tudo coroado, com a suprema manzeira, de uma pane seca no mesmo, na hora de voltar. Ao menos isso nos permitiu uma bela velejada noturna e uma atracação sem maiores percalços, graças à ajuda do reboque final do Fram, quando o vento acabou.
Agora, em duas semanas, em fim com toda a tripulação reunida, devemos ir para o verdadeiro treino - o warm up. Treino nada pessoal! dessa vez já é para valer. Maisaaahhhh!!!!
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