largada da regata longa O Angela Star e o Orson
Nicolas, Kalu e Jose Luis vão para a borda logo após a largada
Comte. Ralph no leme do Superluckorson !
Quando estavamos em Buenos Ayres, antes da largada da Buenos Ayres Punta, encontramos com o Comte Ralph e o Jose Luiz Couto, proprietarios dos dois novos Malbec 360 em processo de lançamento - Lucky e Superpimpo. Eles, ansiosos por esperimentar o barco, nos propuseram repetir a experiencia do ano passado e de corrermos o Circuito de Florianopolis com uma tripulação mista dos nossos barcos. O Ralph, junto com sua imensa experiencia, trouxe o seu proeiro no Lucky, o Samuel. Ele egresso do projeto Grael em Niteroi se deu bem com o Dieguinho, do projeto velejar da ilha e juntos dominaram facilmente a proa do Orson. O Dudu na ultima hora fez forfait nos obrigando a agregar ao grupo o Nicolas, um argentino quieto, que tinha feito compania ao Guilherme no transporte do barco desde Punta. O Guilherme continuou a fazer o trimming. Já o estado maior ficou um pouco mais pesado com o Edmar e eu dividindo com o Ralph e o Ze Luis as agruras decisorias e as funções de timão, escotas e secretaria e elevando substancialmente a media de idade e, ainda bem, tambem de experiencia, da tripulação. Assim nos engajamos na aventura catarinense do SuperLuckOrson.
Hoje começou o circuito com a regata de percurso. Até a ultima hora a comissão técnica tinha varias opções de percurso. Por fim decidiu nos mandar, depois de uma volta nas bóias na baia de Jurere e pela costa norte da ilha, para contornar a ilha do Xavier. Os barcos menores foram para as Aranhas. Dessa forma com a flotilha dividida por classe e por tamanho, inviabilizou-se a possibilidade de um resultado geral das classes, ficando essas segmentadas em varias divisões de uns poucos barcos. Essa péssima idéia, criou grande confusão e prejudicou um pouco a competitividade do campeonato.
De qualque forma, tivemos um dia lindo, com vento NE, de uns 14 nós, que em alguns momentos caiu para uns 10 e em outros apertou para uns 17. Largamos bem , junto com o Touche, que logo se distanciou, em direção a uma bóia fora na enseada do Jurere. Quanto chegamos na bóia, já estávamos no meio dos nossos conhecidos Beneteau 40.7.
Fizemos a bóia e voltamos de balão para outra bóia junto a praia e ai, no contravento de novo, para fazer a ilha dos Franceses por boreste. Daí fomos num contravento folgado (ponto de vela mortal para nós de buja) para uma bóia na praia de Canasvieira. Nessa perna o Bijupira e depois o Dourado (40.7s) nos ultrapassaram e o San Chico (trip 33) e o Feitiço (fast395 r), todos de genoa 1, se aproximaram. Daí num contravento apertado até a ponta das Canas. Esses dois barcos ultimos barcos estavam orsando mais doque nós, mas andando menos. Tivemos um primeiro duelo de orsa no qual eles acabaram por nos ultrapassar e levantaram primeiro o balão, para um traves forçado até a ilha do Mata Fome na extremidade da costa norte da ilha.
Quando arredondamos o balão na ponta da ilha, os dois Benetau da escola naval, ainda estavam bem perto. O Feitiço resolveu passar por fora da ilha do Mata Fome, forçando o traves, começando a ter problemas com o balão e se atrasou. Nós e o San Chico fizemos a ponta juntos. Os skippers e o Jilick estavam bem atrás e o Catuana (tor 42R), (que acreditavamos ser da nossa classe mas que passara a pouco para a orc internacional) e o Ângela Star (beneteau 47.7), bem maiores, já iam distantes, bem como o Zeus e o Absoluto.
O vento, que vinha se mantendo acima de 15 nos, caiu bastante. O Sanchico rumou para as Aranhas, que ele devia contornar e nós seguimos em frente no jaibe de fora, onde parecia haver mais vento. A rajada entrou e nós fomos em frente em direção ao Xavier, jaibando para dentro com a rajada. Cruzamos bem perto na popa do Dourado. Tinhamos cortado pela metade a distancia dos dois últimos 40.7. A umas 2 milhas do Xavier jaibamos novamente e seguimos para a ilha no rastro do Dourado. Na aproximação final da ilha começamos a cruzar com a flotilha voltando. O Loyal, o Touche, o Ângela Star, o Zeus, o Catuana, o Sexta feira (antigo Odaya)e o Absoluto. Entramos no canal entre a ilha e os escolhos, tirando o balão e contornando a ilha, logo atrás dos dois 40.7 da escola naval. Vimos novamente o paredão leste da ilha, onde no ano passado com 30 nós de sul, fomos quase jogados por uma onda gigantesca que quebrou no nosso cockpit. Agora tínhamos um lestinho social de 14 nós e um mar de almirante. Iniciamos a nossa volta com um longo bordo para a praia, subindo e colocando no nosso vento sujo o Feitiço, que fizera a ilha logo atrás. Este caiu na nossa sota e nos acompanhou até a praia. Nesse bordo cruzamos com o Fantasma que confusão de percursos tinha errado o dele vindo até o Xavier com os barcos da divisão maior da orc club. O Feitiço chegou na praia antes e deu o bordo passando na nossa popa. Nós chegamos na praia, onde havia uma rajada favorecida e demos o bordo nela, ao mesmo tempo que o Feitiço bordejava de volta para praia. Este dessa vez chegou bem junto a rebentação, aproveitando ao maximo a rajada favorecida, enquanto nós esticávamos demais o bordo para fora. Quando cambamos e fomos de novo para a praia, ele tinha escapado e cruzou na nossa proa.
Daí até a virada da ponta, enfrentando uma forte correnteza de maré, foi um constante duelo de bordos com o Feitiço e este um pouco maior, agora na frente e controlando a posição mais junto a terra, levava vantagem. Já na virada do canto da ilha, demos bordos bem junto as pedras, para escapar da maré, chegando no Feitiço e conquistando a posição de dentro, junto a terra. Já no inicio da costa norte, ele foi para fora passando por fora do ilhote e nos ficamos por dentro velejando paralelo, abrindo um pouco. Algum tempo depois a rajada firmou por fora e o Feitiço começou a nos alcançar, chegando a ponta da praia dos ingleses logo a nossa frente e por fora. Nós chegamos na ponta próximos demais das pedras e tivemos que dar um bordo para livra-las, permitindo ao Feitiço, já de balão, se distanciar. Daí foi uma longa baloada até a ilha dos Franceses e dessa para a chegada, mantendo a distancia dos barcos a frente. Cruzamos as 19 50 com mais de 8 horas de regata. O unico barco de nossa classe, o Angela Star, muito maior, chegou a ponta do Mata Fome bem antes de nós e passou esse ponto crucial do percurso antes da virada da Maré o que permitiu que corrigisse quase 30 minutos a nossa frente.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Circuito Oceanico da Ilha de Santa Catarina Mitsubishi cup 2010
Marcadores:
Circuito oceanico da ilha de Santa Catarina,
Florianopolis,
orson,
regatas,
vela
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário