Festvela - Ubatuba - 2010

Foi realizado esse fim de semana, sob organização do UIC, a primeiras duas regatas do Festvela 2010. No sabado uma regata de percurso e no domingo uma barla sota. Nós infelizmente não comparecemos (só cheguei 2a e o Orson está em Santos no seco)mas a metereologia ajudou e as regatas foram muito boas. Como vem acontecendo ultimamente a orc internacional não deu o ar da graça e a ORC club contou com apenas 3 barcos locais. O Triksu, um Beneteau 40.7, que vinha sumido. O Montecristo um ML54, habitue das raias, e o Sessentão, um 60 pes Nacira 60, de quilha basculante. Os tres do UIC. As duas regatas foram vencidas no corrigido pelo Triksu, sendo que na de percurso o Sessentão, apesar de pagar um monte, ganhou do Montecristo por um segundo, ficando em segundo lugar. Já na barla sota o Montecristo, apesar de chegar tres minutos atras do Sessentão, corrigiu em segundo com folga, 6 minutos a frente. O Triksu que no percuso ganhara apertado (10 segundos), na barla sota abriu tranquilo 5 minutos no corrigido do segundo colocado.
A RGS, mais uma vez foi a classe mais competitiva. Contando com uma disputa renhida entre o Palmares, Delta 32 do YCI, o Conquista 3, um Neo 25 de Ubatuba, o Mais Bacana,Fast 23, o Papo de Popa, Ranger 22, o Força 13, Delta 36, o Jazz, Malbec 360, que mais uma vez correu nessa classe, alem de varios outros barcos. Competiram 11 barcos nesta classe.
A regata de percurso foi ganha com tranquilidade pelo Conquista 3, que chegou no real dois minutos a frente do Jazz e 34 minutos a frente do segundo colocado, o Mais Bacana, que acabou corrigindo 10 minutos atras dele. Em terceiro ficou o Palmares que corrigiu 11 minutos atras (a um minuto do Mais Bacana). O Jazz ficou em 6o lugar, corrigindo 25 minutos atras do Conquista 3.
Já na regata Barla Sota quem brilhou foi o Palmares, chegando 1 minuto atras do Jazz no real, mas corrigindo em primeiro a 2 minutos do segundo colocado, o Mais Bacana, a 2 minutos e meio do terceiro colocado, o Conquista 3. O Jazz corrigiu em quinto lugar, perdendo o quarto por decimos de segundo para o Papo de Popa, que chegara quase 20 minutos atras dele. Ah! é duro disputar com barcos que voce nem ve na raia!
Bom no proximo fim de semana continua.

Orson em Los Roques? Sim, no Catamaran Pitiguey!

Arquipelago de los roques

O catamaran Pitiguey ancorado. Mais tarde virão outras fotos.

Pra não continuar sonhando enquanto o barco está fora dagua, fomos este feriado passar uma semana deliciosa no catamaran Pitiguey em Los Roques, Venezuela.
Para quem não conhece essa maravilha do caribe, Los roques é a maior barreira de coral do Atlantico, com mais de 20 milhas de extensão. Fica no meio do oceano, a 100 milhas da costa venezuelana, em frente a La Guaira e voce chega no aereoporto da Ilha principal, GranRoque, depois de um voo, meio precario, de 40 minutos.
O lugar é maravilhoso, pois atras da barreira de coral em forma de L, fechada do lado Leste e Sul, ha uma grande laguna, cheia de ilhas baixas, coroas arenosas e cabeços de coral. Ha sempre um leste de 15 a 20 nós, mas que levanta pouca onda, sendo o lugar, nas ilhas mais proximas de GranRoque o paraiso do Kyte surf.
No resto das ilhas, mais isoladas e oferecendo boa proteção para a ancoragem noturna, a grande diversão é o mergulho.
O lugar, isolado do resto do mundo, é um parque nacional bem preservado, contando com menos de 800 habitantes.
Ficamos no catamaran Pitiguey, um Fontain Pajot 42, onde residem, ha mais de 10 anos em Los Roques, Cristina e Max, um casal italiano maravilhoso, que nos aceitaram como hospedes e dividiram conosco a seu dia a dia de contacto com a natureza selvagem e de uma alta cozinha Italiana, super sofisticada (pasta ai ricci, ai ai dio mio!!!).
Cristina de personalidade esfusiante, é originaria da Sicilia, e uma cozinheira inigualavel e consegue fazer a bordo pratos sofisticadissimos de peixe, frutos do mar, ouriços, lagostas,etc, pescados na hora pelo Max, o nosso Skipper. Eles são ajudados, na faina de receber os hospedes, arrumar o barco, pescar e cozinhar, por Antar, uma venezuelana, linda e simpatica.
Só temos que agradecer a oportunidade ter conhecido estas pessoas formidaveis e compartilhado por uma semana a sua vida bastante sui generis, nesse lugar idilico.
Um programa totalmente diferente, mas que, de outra maneira, é tão ou mais gratificante que as nossas usuais aventuras competitivas com o Orson.

Palmavela Hublot 2010

Lancheiro é igual em todo o lugar, só aumenta o tamanho dos barcos. Veja em foto de Maria Muina, esse passando no meio da flotilha da Hublot Palmavela em Palma de Majorca.
Agora barbeiragem de balão tambem; mas aumenta exponencialmente. Veja por Maria Muina um Wally atrapalhado no jaibe do balão.

Les voilles de Sain Tropez

Para sonhar acordado!

Para suar acordado!

Socorro! o que eu estou fazendo aqui?

Enquanto o Orson está fora dagua em Santos, todo desmontado, voltamos a sonhar. Les voilles de Saint Topez é das mais lindas regatas do mediterraneo, pois junta na mesma raia, em um lugar privilegiado da cote d'Azzur, os mais lindos veleiros classicos, os formula 1 da ORC e os yachts mais luxuosos. Tem para todos os gostos. Vejam só as imagens.
Já o segundo filme (Volvo e outras) é bom para os amantes de adrenalina. - na hora é um pesadelo e depois aquela sensação gostosa de ainda estar vivo.
O ultimo, da Global Chalenge, é puro - Manheé! o que que eu estou fazendo aqui?

Buzios Sailing Week 2010

O gaucho SanChico 2, o grande campeão da Buzios Sailing Week

Apesar da coceira, não fomos para Buzios. O Orson velejou 5 campeonatos e navegou mais de 3 mil milhas desde janeiro e precisava dar uma parada.
O Campeonato foi ótimo. Como é valido pelo brasileiro da classe ORC, foram quase todos os cariocas, o Touche de São Paulo, alguns barcos da Bahia e o grande campeão o Tripp 33, SanChico, de Porto Alegre, que já havia ganho a orc internacional B em Floripa.
Contrariando a previsão de SO, a frente passou e entrou o conhecido nordeste de Buzios permitindo que se fizessem 4 ótimas barla sotas e uma regata de percurso, sempre com bom vento de 12 a 15 nós.
Parabens SanChico, é um prazer quando se ve, um pequeno racer cruiser, de tripulação amadora mas afiada, bater os superacers, grandões, profissionais e patrocinados. Pena que não estavamos lá para aplaudir e tentar entrar junto com voces na frente deles.
resultados abaixo

BUZIOS SAILING WEEK
ORC INTERNACIONAL Geral

1 SANCHICO 2 - FRANCISCO FREITAS - Bill Tripp - TRIPP 33 - C3: 1.00 1.00 1.00 3.00 4.00 Total pontos 6.00
2 TOUCHE SUPER - ERNESTO BREDA - Bottin & Carkreeck - BC46 - R1: 2.00 2.00 2.00 1.00 1.00 Total pontos 6.00
3 VENTANEIRO - RENATO CUNHA - Bruce Farr - FIRST 40.7 - C2: 3.00 3.00 5.00 2.00 2.00 Total pontos 10.00
4 SORSA III - CELSO QUINTELLA - Bruce Farr - FARR 51 - R1: 4.00 4.00 4.00 9.00 3.00 Total pontos 15.00
5 NEPTUNUS EXPRESS - ANDRÉ MIRSKY - Bottin & Carkreeck - BC50 - R1: 5.00 5.00 3.00 9.00 5.00 Total pontos 18.00
6 DOURADO - G.VELA ESCOLA NAVAL - Bruce Farr - FIRST 40.7 - C2: 6.00 6.00 7.00 5.00 7.00 Total pontos 24.00
7 MAXIMUS - HELIO DE AQUINO - B.Jepensen - IMX 45 - C1: 7.00 8.00 6.00 4.00 9.00 Total pontos 25.00
8 BIJUPIRA - G.VELA ESCOLA NAVAL - Bruce Farr - FIRST 40.7 - C2: 8.00 7.00 8.00 6.00 6.00 Total pontos 27.00

ORC CLUB Geral

1 SPIRO-GYRO - ARNALDO P.DA CUNHA NETO - Nestor Volker - SK30 - C4: 1.00 1.00 2.00 1.00 3.00 Total pontos 5.00
2 MIRAGEM - PAULO ROBERTO FREIRE - Soto Acebal - BB40 - C1: 2.00 3.00 1.00 2.00 2.00Total pontos 7.00
3 BOLA SETE - IVAN SMARCEVSCKI -Philipe Briand - FIRST 50 - C1: 3.00 4.00 3.00 3.00 1.00 Total pontos 10.00
4 ANGELA STAR - PETER SIEMSEN - Bruce Farr - FIRST 47.7 - C1: 4.00 2.00 6.00 4.00 5.00 total pontos 15.00
5 TATUI LT - LUIZ PAES DE ALMEIDA - Nestor Volker - SK30 - C4: 7.00 7.00 4.00 5.00 4.00Total pontos 20.00
6 VIVA - PEDRO PAULO COUTO - G. FRERS 52 one off - C2: 5.00 6.00 5.00 6.00 6.00 Total pontos 22.00
7 BREKELE - G.VELA ESCOLA NAVAL - Bruce Farr one ton - R2: 6.00 5.00 7.00 8.00 8.00 total pontos 26.00

S 40 MAGIA V

Aos poucos a classe S40 vai se firmando como alternativa a ORC Internacional 500 para a elite da vela de oceano nacional.
O Magia V de Torbem Grael, o 7o barco da serie, foi lançado e breve estará no Brasil. O Magia e o Mitsubishi de Eduardo de Souza Ramos devem dividir os mesmos patrocinadores, elemento fundamental para fazer uma campanha com esse tipo de barco.
Os veleiros grandes da Orc internacional 500, quase todos a venda, com o patrocinio minguando, estão correndo só as Regatas do Campeonato Nacional da Classe. Mesmo assim poucos dos cariocas foram para Floripa.
Nós, velejadores serios, mas fora dessa elite patrocinada, vamos precisar tomar tambem decisões quanto a que classe e regatas participar. A ORC internacional B que competimos em Punta, apesar de muito competitiva tinha apenas 6 barcos contra 12 do ano passado. Em Florianopolis, onde corremos na orc club para ver se corriamos com mais barcos, com a classe minguada e dividida em 3 divisões, acabamos correndo só 2, nós e o Angela Star na divisão A e ficaram os ótimos sk30 de Florianopolis na outra divisão. Na orc internacional havia tambem poucos competidores, mas estava melhor. Em Angra, na orc internacional, só os barcos da Escola Naval. Na orc club, juntaram-se as divisões e deu para ter uma regata divertida, graças ao Viscaia e o Rabujento.
Na primeira etapa da Mitsubishi Cup de Ilhabela a orc internacional não apareceu e a a orc club ficou reduzida a nós e dois deltas e um SK30. Ficando a RGS como a classe competitiva do campeonato.
Buzios, como é valido para o campeonato brasileiro da classe os orc internacional cariocas foram, mas de São Paulo, só o Touche. A Orc club foi abrilhantada pela presença dos barcos baianos, fora isso só os cariocas e mesmo assim muito poucos.
Claro para a RISW os barcos da orc vão aparecer, mas para termos um campeonato bom para todos temos que cuidar muito bem em fazer as divisões de forma que fiquem competitivas e não esvaziadas como em Floripa ou meio fora de proposito como na RISW do ano passado.
A ABVO ajudaria muito se juntasse em uma só classe toda a orc (tudo com medição orc internacional), mantendo os baixos custos (inclusive para medição) para os barcos menores (rating acima de 600 por exemplo) e fazendo as divisões por rating 500, 600, 700.
Não posso esperar a chegada dos 2 novos Malbec 36 para ao menos termos a alternativa de correr como classe, pois na RGS não dá. Ela está funcionando porque todos os barcos dentro das suas divisões são mais ou menos parecidos. Mas sem medir estabilidade é só barcos diferentes entrarem nela (como no passado o Arubinha) que desequilibra tudo. De qualquer forma ela não é uma boa alternativa para um Malbec que é relativamente instavel, tem muita vela e tem uma linha dagua enorme, tudo que essa medição penalisa.
Para voltar ao primeiro mundo e a elite da vela, o TP52 Luna Rossa anunciou a sua tripulação para 2010 e os nossos campeões Torben Grael e Robert Scheidt estão nela como tatico e timoneiro respectivamente. Vamos ter torcida verde e amarela esse ano para a Formula 1 da vela.

Mitsubishi Cup 1a Etapa 2010

por Ronald Izoldi subida de balão. Quem vai caçar essa genoa! grrr@$%&#!!

por Ronald Izoldi, Orson,pronto para o jaibe set, fazendo a boia a frente do Inae

por Ronald Izoldi o Orson de balão



preparando a subida de balão


chegando na boia a frente da flotilha


em disputa com o Jazz


Largada vela direita


Esse fim de semana com tempo lindo e vento, ontem de sul de 10 a 12 nós e hoje de leste de 8 a 12, corremos 4 barla sotas.
No sábado a primeira regata teve 6 pernas e os largamos na bóia, vela direita, sozinhos e aproveitando de nossa velocidade, cruzamos na frente da flotilha e seguimos para São Sebastião. A flotilha na sua maior parte nos acompanhou. Nós, meio traumatizados com a encalhada no fim de semana anterior, cambamos cambamos cedo, quando a profundidade começava a chegar perto dos nossos 2.30 de calado. Os Delta 32, com menos calado, e mesmo o Jazz,igual a nós, entraram mais fundo no baixio diminuindo a diferença . Chegamos na bóia junto dos últimos hpes, que tinham largado 5 minutos antes, e levantamos o balão . Fizemos um jaibe set para ir para o meio do canal e pegar a corrente favorável. Depois de brigarmos um pouco com o balão, ele começou a puxar e la fomos nós. Chegamos na bóia de sota já a boa distancia da concorrência, no meio dos hpes e com o Inae, bem maior, um pouco atrás.
Fizemos o contravento seguinte trocando bordos com o Inae. E fomos de novo para o jaibe set. Nesse popa, o Realizado que nos acompanhava a distancia, teve problemas com o balão e ficou sem ele boa parte do perna. Nós continuamos a abrir. Fizemos o contravento seguinte continuando a usar o Inae com "spahing" e cruzamos a chegada mais de 7 minutos a frente do Realizado. Surpresa! perdemos dele no corrigido, por 7 segundos novamente.
Na segunda largada, todos que nos viram largar vela direita, agora vieram para a bóia tentar a sorte. O Fantasma, o Realizado e o Palmares. Nós resolvemos atrapalhar a largada vela direita deles. Estavamos todos junto a boia e a 30 segundos do tiro cambamos para o meio da linha e a quinze cambamos de volta, logo a frente do Jazz, e chegamos vela esquerda em cima deles obrigado-os a cambar ou passar por trás. Largamos vela esquerda junto a bóia logo a frente e a sota do Jazz, que logo caiu na nossa popa. Cambamos e cruzamos tranquilamente a flotilha indo direto para o raso de São Sebastião. Novamente velejamos bem as 4 pernas, abrindo no popa, mas perdendo no contravento, quando os deltas iam fundo no baixio. Dessa vez foi o Fantasma que vinha na frente nos seguindo. No fim de 4 pernas abrimos dele 4 minutos e meio, mas ele nos venceu no corrigido por 30 segundos, enquanto ganhávamos por 1 minuto do Realizado, que continuava com problemas no balão.

No domingo o Leste entrou na medida certa, 12 nós, caindo para 10 no decorrer do dia. Fomos para a primeira largada. Chegamos na linha junto com o Jazz, um pouco cedo e assim que o Realizado arribou na linha, nós mergulhamos junto com ele, por baixo do Jazz e no tiro orsamos novamente e largamos. Fizemos uma bela regata mas no fim não recebemos o apito. Tínhamos, nós e o Jazz, estourado a largada e parece que o nosso mergulho não foi suficiente para colocar-nos atras da linha. O Realizado ganhou novamente, com o Asbar em segundo. E assim parecia ter ido o campeonnato.

A juria, no entanto, resolveu fazer uma ultima regata, que permitiria um descarte e la fomos nós. Com o descarte ainda estávamos a 3 pontos do Realizado, ainda com chances. A regata era de 4 pernas e a raia bem menor. Nessa ultima largada havia muitos barcos de paraquedista. O Palmares a nossa frente, fechou a porta nós soltando as velas, subimos com ele, mas o Harpia um Beneteau 47 entrou de paraquedista por trás, meio descontrolado. O Palmares e nós ao vê-lo, avançar perigosamente sobre nossas popas, tratamos de sair rápido da frente, correndo a linha. O Jazz ficou preso atrás dele e orsou. O Orson/Sereloco, o meu antigo SK 30, que vinha manobrando atrás dele, girou e chocou-se com a proa do Jazz, quebrando o seu pau de spinaker. Os dois barcos danificados desistiram da regata.
Nós acabamos largando bem e logo cambamos para a Ilhabela. Igual a primeira regata fomos abrindo acompanhando os barcos maiores, o Inae e o Harpia. Acabamos por cruzar a chegada junto com o Inae, abrindo 3 minutos do Realizado. Mesmo assim perdemos por 30 segundos.
Não é que estivéssemos velejando muito bem. Mais da metade da tripulação começou a velejar no barco a semana passada e ainda estávamos batendo cabeças, mas com este rating está impossível vencer um delta 32 bem tripulado. Das 6 regatas ao menos em 3 acreditavamos ter vencido e perdemos no corrigido.
Temos que acertar uma tripulação definitiva e pensar no que fazer para a RISW. E se formos ficar na orc club, isso passa por remedir o barco.
Temos agora, para isso, um mês de sossego. O barco vai para Santos para uma revisão geral e talvez alguma modificação na estabilidade e remedição. Temos que estar melhores para o Warm up e Semana de Vela.