Nas fotos de Marcos Yamin: O Orson no vento fraco logo depois da Moela e a largada na Ponte dos Práticos
1ª Regata Santos Ilhabela O tempo ajudou a fazer da 1ª regata Santos Ilhabela, que não era realizada a mais de 25 anos, um grande sucesso. Parece que nossa torcida deu certo; o sol forte, temperaturas amenas e um vento fraco, mas sempre presente, fez com que as, para nós, pouco mais de 13 horas de mar, fossem um passeio muito agradavel.
Um pouco depois da hora marcada, com um ventinho de Sul de uns 8 nós, em frente a Ponte dos Práticos, na saída do canal do porto de Santos, foi dada a largada. Muitos barcos (cerca de 24 inscritos), a exigüidade do espaço para manobra e uma correnteza de enchente, fez da largada, uma manobra bem desafiadora. Estavam lá, além de muitos barcos de cuzeiro, de vários tamanhos, na classe bico de proa, vários catamarãs (1 supercat 17 e 4Nacras); um Jeaneau 45 do Corpo de bombeiros; varios Deltas 32, notadamente, o Fantasma, o Asbar e o BL3; os dois primeiros na ORC club e o ultimo, tripulado pelos instrutores da Escola de Vela da Prefeitura de Ilhabela, na RGS e o Thalassa, com o André Homem de Melo velejando em dupla; Já o Sarue, um SK21 foi velejado em solitário por seu propritario; Por fim o Sony (Farr 42), competindo contra nós, na ORC Internacional. Corria também o famoso Atrevida, uma impecavelmente restaurada escuna Herrshoff de 95 pés, com os Prefeitos das duas cidades a bordo.
Logo antes da largada junto a ponte, bem na nossa frente, houve um choque entre o Sony e o Oceano, que não chegou a nos prejudicar, permitindo que largássemos bem, logo a barla do Sony, nosso único competidor (os outros barcos da ORC Internacional estavam em Ubatuba ou não correram no fim de semana). A 2/3 do canal cambamos para a ponta da praia, antes que o Sony , mais rápido e orçando mais, nos cobrisse. Fomos até o limite do canal e cambamos de novo, agora já com proa para fora da barra. Uma rondadinha tinha favorecido o lado do Guarujá e dois deltas cruzaram na nossa frente. Seguimos até a bóia de marcação do canal e cambamos em direção ao Clube de Pesca, atrás do Sony que já abria uma boa vantagem.
O Sulzinho apertou para uns 10 nós e seguimos em direção a Moela, em orça folgada, junto com vários catamarãs (3 Nacras e o supercat 17, o Betão no outro Nacra já ia mais a frente atrás do Sony), torcendo para chegar lá antes da virada para SE prevista pela metereologia. Chegamos na Moela, arribamos para o novo rumo e o sul persistia; dessa forma resolvemos subir o balão. Na subida do balão o vento caiu ainda mais, fazendo com que parássemos e o BL3 que continuava orçando de genoa nos ultrapassasse. Voltamos a subir a genoa e continuamos em orça folgada, indo para fora, enquanto o Sony e os Catamarãs arribavam para o lado do Guarujá.
Ao meio dia o vento virou como previsto para SE, mas caiu mais um pouco, continuamos orçando para fora tentando com dificuldade manter algum aparente. Na altura do fim do Guarujá, o SE voltou com uns 8 nós, permitindo um rumo um pouco mais arribado (direção de Alcatrases). O Sony e os catamarãs, estes de assimétricos, arribaram para o lado da Bertioga, enquanto nós e o BL3, ficávamos fora, contando com a entrada do Leste, mais forte, que estava prevista pela metereologia para umas 15 horas e que nos levaria aí para a terra.
Os outros deltas, atrás de nós, cambaram para a terra. O Atrevida que já tivera muita dificuldade para sair do canal com o vento tão fraco, com essa parada ligou o vento de porão e seguiu direto para a Ilhabela pelo bordo de terra e com a linda silhueta delineada no horizonte foi ultrapassando aos poucos toda a flotilha.
O Leste entrou umas 14:00, trazendo a nossa proa para a direção da Sela.
Oba! Acho que acertamos. Os outros estão todos lá na terra e vão ter que cambar logo para o bordo desfavorável. Só o BL 3 está do lado de fora, mas agora bem atrás, pois com mais vento nós abrimos bastante. Junto com o vento, fomos brindados por um cardume de golfinhos que veio brincar a volta do barco.
O vento porém, umas 16 00, apertou um pouco e voltou novamente para o SE. Nós, vendo que a rondada era persistente, as 16 30 cambamos para a terra, pois a próxima virada certamente deveria ser para NE ou mesmo NW, se ao anoitecer, o terral prevalessesse. Inicialmente o rumo era o da Sela, mas foi caindo a medida que o vento, com uns 10 nós, voltava a rondar para o Leste. Estávamos rumando um pouco acima do Montão de Trigo, já a umas poucas milhas, quando vimos as velas do Sony e de um catamarã , subindo da praia e passando em frente a Ilha. Logo, o vento em que eles estavam, chegou para nós. Era uma rondada para NE e nossa proa caiu para baixo da ilha e decidimos cambar para o mar e ganhar altura para passar por fora do Montão.
As 18 00 a noite caiu e tínhamos passado o Montão e rumávamos de novo para terra, em direção as luzes de Boiçucanga. Com o cair da noite, em frente a Boiçucanga, estabeleceu-se uma faixa de Terral, bem junto a terra com a direção de NW. Já um pouco mais para fora predominava o NE. Começamos a encontrar ondas de proa que faziam o barco bater e parar, a qualquer exitação do timoneiro. Tentamos nos aproximar ao máximo de terra e bordejar no Terral, que variava de 8 a 11 nós, de vez em quando errávamos e o vento caia voltando para NE e a proa piorava e parávamos batendo na onda, logo porem cambávamos e voltávamos para a terra. Passamos Maresias e fomos assim até perto do Toque Toque ,onde o Terral morreu
Precisávamos agora ir para fora e passar a barreira da ilha e lá estaria o NE do canal, que deveria estar bem mais forte. Levamos porem mais de uma hora para chegar no vento, enquanto víamos, na luz do luar, os barcos de trás, de quem tínhamos aberto no terral, agora mais por fora e no vento, se aproximarem.
Enfim alcançamos o Nordeste do canal e começamos a andar. Agora é achatar as vela e fazer escora e por o Orson para andar. O NE do canal entrou forte, começou com uns 15 nós e subiu para 18 com rajadas de 20 e tivemos uma boa hora de uma orça maravilhosa, a toda potencia, fazendo 7 nós e meio, em mar relativamente liso, banhado pela luz da lua crescente. Cruzamos as 12:06 depois de pouco mais de 13 horas de regata. O Sony, que encontrou menos dificuldade para alcançar o vento do canal tinha cruzado varias horas antes (9:45) ganhado a fita azul e a classe. Atras dele cruzaram os catamarãs e nós. Por fim cruzaram os Delta 32, Asbar (orc club),BL3 (RGS) e Fantasma (orc club) as 01:04,01:15 e 02:57 respectivamente. Como o horario para termino da regata era 04:00, os outros barcos não cruzaram, inclusive o Sarue,que em solitario, cruzou pouco depois da 4:00. Que pena!
No dia seguinte as 13 00 comparecemos a entrega de prêmios e ao festival do camarão na praça principal da vila. Com a presença do Prefeito de Santos, da Ilhabela e de São Sebastião foi feita a premiação. A vitória na ORC internacional e a fita azul coube ao Sony, que recebeu alem do premio da classe, o troféu transitório, – um quadro com o Yacht Atrevida – que o Comandante, o Pará, homenageando o clube que o apóia, deixará exposto no YCI. As duas Prefeituras prometem uma segunda regata, agora Ilhabela - Santos, em janeiro de 2010, comemorando o aniversario da cidade de Santos, já que essa foi em comemoração ao aniversario de Ilhabela, cujas comemorações vão de 29 de agosto a 3 de setembro. Na foto: Pará do Sony, recebendo o trofeu transitorio
Embaixo o filme da largada da regata.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Mundial de Formula 40, Oracle/America, Fastnet, HPE e outras viagens
Desafio Cabo Hornos
Ran e a Fastnet Rock
America Cup Sec XIX e Sec XXI
Melges 24 orçando
Nossos amigos Chilenos do Desafio Cabo Hornos, que estiveram aqui na ilhabela na Regata Portimão, terminaram em 3º lugar o Campeonato Mundial de Formula 40, em Cowes na Inglaterra, tendo sido a tradicionl volta da Ilha de Wright, onde ele terminou em segundo, parte desse campeonato. Parabéns para o Desafio Cabo Hornos. Pelo jeito a próxima volta ao mundo de Formula 40 vai ser ainda mais diputada.
Entretempo não pude deixar de ver essa foto classica do Oracle-BMW desafiante da América Cup junto com a replica da escuna América, a primeira ganhadora desse desafio. Ela é um ícone de tudo que ganhamos e do que perdemos com quase um século e meio de desenvolvimento da vela de competição.
Já que me deixei levar por fotos magnificas, essa de Carlo Borlenghi da passagem do Ran, ganhador da Fasnet de 2009, pelo farol que da nome a regata, atualiza nossa postagem sobre esse "sonho" do regatista.
Por fim esse Melges, orçando com vento, no Campeonato Europeu, me fez pensar de como o HPE seria mais divertido se fosse permitido fazer escora.
Ran e a Fastnet Rock
America Cup Sec XIX e Sec XXI
Melges 24 orçando
Nossos amigos Chilenos do Desafio Cabo Hornos, que estiveram aqui na ilhabela na Regata Portimão, terminaram em 3º lugar o Campeonato Mundial de Formula 40, em Cowes na Inglaterra, tendo sido a tradicionl volta da Ilha de Wright, onde ele terminou em segundo, parte desse campeonato. Parabéns para o Desafio Cabo Hornos. Pelo jeito a próxima volta ao mundo de Formula 40 vai ser ainda mais diputada.
Entretempo não pude deixar de ver essa foto classica do Oracle-BMW desafiante da América Cup junto com a replica da escuna América, a primeira ganhadora desse desafio. Ela é um ícone de tudo que ganhamos e do que perdemos com quase um século e meio de desenvolvimento da vela de competição.
Já que me deixei levar por fotos magnificas, essa de Carlo Borlenghi da passagem do Ran, ganhador da Fasnet de 2009, pelo farol que da nome a regata, atualiza nossa postagem sobre esse "sonho" do regatista.
Por fim esse Melges, orçando com vento, no Campeonato Europeu, me fez pensar de como o HPE seria mais divertido se fosse permitido fazer escora.
Campeonato Darsena Norte 2009
Foto por Claudio Cambria
No fim de semana passado, com a participação de 70 barcos, em varias classes, teve o lugar o Campeonato da Darsena Norte 2009, organizado pelo YCA e o CNSI. Vários de nossos conhecidos argentinos tiveram uma participação destacada.
No sábado correu-se duas regatas barla sota em frente ao porto de Buenos Ayres.
A primeira regata começou com vento de NNE de 16 nós que caiu para 12 e virou para N, forçando uma mudança de percurso na última volta. Na segunda regata o vento caiu ainda mais, chegando a 10 nós.
No domingo correu-se um percurso de 14 milhas, largando no km 5 do canal sul de acesso ao porto (onde houve a largada da BUE-Punta em janeiro), indo para uma bóia na altura do km 10 e outra no km 12 do mesmo canal e retornando ao ponto de largada.
O vento, inicialmente muito fraco, levou a um retardamento. A regata largou a 11 00 horas, com vento de sul de 14 nós e muita corrente de vasante. Durante a regata o vento foi rondando, primeiro para SE, depois para E e terminano em NE, sempre caindo de intensidade, até uns 6 nós.
O Gaúcho, um S40 novo, que não está aqui no Brasil com os outros, ganhou o grupo A da ORC internacional. O Fayd 33, Rurquiza, contra quem corremos e ganhamos em Punta, levou o B, com o Malbec 36, Shangai Baby, em segundo e o OD27, Two, em terceiro. Os nossos conhecidos Matrero, Sur e Big Bang, nessa ordem levaram o grupo A da ORC Club. O nosso ainda mais conhecido, Charango Dos, levou o B com o Mostaza e Baron Rojo(Malbec 29) em 2º e 3º .
Resultados finais do Campeonato Dársena Norte 2009:
Fórmula ORC Internacional:
Clasificación General:
1º “Gaucho” – Soto 40 – Carlos Belchor. YCA
Serie A:
1º “Gaucho” – Soto 40 – Carlos Belchor. YCA
Serie B:
1º “www.rurquiza.com.ar” – Fayd 33 – Augusto Bassanetti. CVB
2º “Shangai Baby” – Mystic 360 – Jorge Neumann. CNA
3º “Two” – Corum OD 27 – Agustín Eujanian.
Fórmula ORC Club:
Clasificación General:
1º “Matrero” – Frers 50 – Toribio de Achával. YCA
Serie A:
1º “Matrero” – Frers 50 – Toribio de Achával. YCA
2º “Sur” – Frers 41 – Benoit Pierre Culot. YCA
3º “Big Bang” – F & C 40 – Omar Lauda. YCA
Serie B:
1º “Charango Dos” – Regge 34 – José María Girod. CUBA
2º “Mostaza” – Holland 34 – Alberto Fourcade. CNSM
3º “Barón Rojo” – Mystic 290 – Diego Belli. YCA
No fim de semana passado, com a participação de 70 barcos, em varias classes, teve o lugar o Campeonato da Darsena Norte 2009, organizado pelo YCA e o CNSI. Vários de nossos conhecidos argentinos tiveram uma participação destacada.
No sábado correu-se duas regatas barla sota em frente ao porto de Buenos Ayres.
A primeira regata começou com vento de NNE de 16 nós que caiu para 12 e virou para N, forçando uma mudança de percurso na última volta. Na segunda regata o vento caiu ainda mais, chegando a 10 nós.
No domingo correu-se um percurso de 14 milhas, largando no km 5 do canal sul de acesso ao porto (onde houve a largada da BUE-Punta em janeiro), indo para uma bóia na altura do km 10 e outra no km 12 do mesmo canal e retornando ao ponto de largada.
O vento, inicialmente muito fraco, levou a um retardamento. A regata largou a 11 00 horas, com vento de sul de 14 nós e muita corrente de vasante. Durante a regata o vento foi rondando, primeiro para SE, depois para E e terminano em NE, sempre caindo de intensidade, até uns 6 nós.
O Gaúcho, um S40 novo, que não está aqui no Brasil com os outros, ganhou o grupo A da ORC internacional. O Fayd 33, Rurquiza, contra quem corremos e ganhamos em Punta, levou o B, com o Malbec 36, Shangai Baby, em segundo e o OD27, Two, em terceiro. Os nossos conhecidos Matrero, Sur e Big Bang, nessa ordem levaram o grupo A da ORC Club. O nosso ainda mais conhecido, Charango Dos, levou o B com o Mostaza e Baron Rojo(Malbec 29) em 2º e 3º .
Resultados finais do Campeonato Dársena Norte 2009:
Fórmula ORC Internacional:
Clasificación General:
1º “Gaucho” – Soto 40 – Carlos Belchor. YCA
Serie A:
1º “Gaucho” – Soto 40 – Carlos Belchor. YCA
Serie B:
1º “www.rurquiza.com.ar” – Fayd 33 – Augusto Bassanetti. CVB
2º “Shangai Baby” – Mystic 360 – Jorge Neumann. CNA
3º “Two” – Corum OD 27 – Agustín Eujanian.
Fórmula ORC Club:
Clasificación General:
1º “Matrero” – Frers 50 – Toribio de Achával. YCA
Serie A:
1º “Matrero” – Frers 50 – Toribio de Achával. YCA
2º “Sur” – Frers 41 – Benoit Pierre Culot. YCA
3º “Big Bang” – F & C 40 – Omar Lauda. YCA
Serie B:
1º “Charango Dos” – Regge 34 – José María Girod. CUBA
2º “Mostaza” – Holland 34 – Alberto Fourcade. CNSM
3º “Barón Rojo” – Mystic 290 – Diego Belli. YCA
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Regata Santos Ilhabela 2009
A foto de Carlo Borlenghi é da Sardenha, mas faço votos para que sejamos brindados com um dia igual.
Regata Santos Ilhabela
Pela primeira vez em muitos anos, institui-se uma nova regata oceânica (as últimas foram a Alcatrazes por Boreste e a volta a Ilhabela)com boas chances de colar. Vem aí a Regata de Vela Oceânica Santos-Ilhabela.
A largada será no dia 29 de agosto, ao meio-dia, na Ponta da Praia, em Santos, com chegada na Ponta da Sela, em Ilhabela. Com um percurso de mais de 50 milhas em uma região do litoral muito nossa conhecida, pois é o mesmo da primeira parte da Santos-Rio, coloca a nossa flotilha novamente em contacto com o mar aberto, em preparação para este clássico da vela oceânica. Esperamos que as condições metereológicas ajudem.
A organização é das prefeituras de Santos e Ilhabela, Marinha do Brasil e Yacht Clube de Santos (YCS). A data do evento, neste ano, acabou coincidindo com o Campeonato Paulista em Ubatuba, cuja semana tradicional costuma ser no 1º semestre, dividindo a flotilha. Na próxima edição seria bom fazer com que as datas dos eventos evitassem essa coincidência e com a tradicional Semana de Vela de Niterói, que normalmente é o clássico circuito oceânico do 7 de setembro. A chegada dos velejadores a Ilhabela deverá coincidir com o 14º Festival do Camarão e a premiação será realizada no domingo (30/8), no espaço destinado ao festival, na Vila.
O Orson estará lá! Espero que na frente.
Regata Santos Ilhabela
Pela primeira vez em muitos anos, institui-se uma nova regata oceânica (as últimas foram a Alcatrazes por Boreste e a volta a Ilhabela)com boas chances de colar. Vem aí a Regata de Vela Oceânica Santos-Ilhabela.
A largada será no dia 29 de agosto, ao meio-dia, na Ponta da Praia, em Santos, com chegada na Ponta da Sela, em Ilhabela. Com um percurso de mais de 50 milhas em uma região do litoral muito nossa conhecida, pois é o mesmo da primeira parte da Santos-Rio, coloca a nossa flotilha novamente em contacto com o mar aberto, em preparação para este clássico da vela oceânica. Esperamos que as condições metereológicas ajudem.
A organização é das prefeituras de Santos e Ilhabela, Marinha do Brasil e Yacht Clube de Santos (YCS). A data do evento, neste ano, acabou coincidindo com o Campeonato Paulista em Ubatuba, cuja semana tradicional costuma ser no 1º semestre, dividindo a flotilha. Na próxima edição seria bom fazer com que as datas dos eventos evitassem essa coincidência e com a tradicional Semana de Vela de Niterói, que normalmente é o clássico circuito oceânico do 7 de setembro. A chegada dos velejadores a Ilhabela deverá coincidir com o 14º Festival do Camarão e a premiação será realizada no domingo (30/8), no espaço destinado ao festival, na Vila.
O Orson estará lá! Espero que na frente.
Encalhes Tjorn Runt 2009
Como no outro dia mostramos o encalhe do Movistar na Suecia, só para não achar que ele é o unico vemos aí um festival de encalhes no mesmo local na regata Tjorn Runt deste ano. Bom que aqui na ilha tem menos pedra(apesar da insistencia de alguns amigos em encontra-las), em compensação não falta areia, como pudemos comprovar no warm up.
Campeonato de S40 em Angra
os S40 fazendo a boia juntos; parece até uma largada.
Em baixo os quatro S40 na marina Verolme
Campeonato de S40
Em baixo os quatro S40 na marina Verolme
Campeonato de S40
Nos dias 7, 8 e 9 de agosto foi realizado em Angra dos Reis, com sede na Marina Verolme, a 2ª etapa do Campeonato dos S40 em continuação da 1ª etapa que foi na Rolex Ilhabela Sailing Week.
Foram realizadas 6 regatas numa raia entre a Ilha Grande e a enseada de Jacuacanga em Angra com ventos de SE entre 8 e 13 nós. O Mitsubishi ganhou a etapa ficando o Cusi 5 em segundo, o Carioca em 3º e o Patagônia em 4º . A proxima próxima etapa será na Ilhabela no feriado do 7 de setembro.
Foram realizadas 6 regatas numa raia entre a Ilha Grande e a enseada de Jacuacanga em Angra com ventos de SE entre 8 e 13 nós. O Mitsubishi ganhou a etapa ficando o Cusi 5 em segundo, o Carioca em 3º e o Patagônia em 4º . A proxima próxima etapa será na Ilhabela no feriado do 7 de setembro.
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Transpac 2009
Nas fotos Leglus voltando a Sausalito depois da Transpac;
Leglus e Seeker e a prisão de Alcatrazes atras
Os vencedores do Samba Pa Ti comemorando com Kilroy no centro. Em baixo Samba Pa Ti em plena planada.
Transpac 2009
Em 1996 meu amigo Norio Sugano me convidou para participar da Pacific Cup no seu veleiro, Seeker um cruzeirão de 54 pés e dois mastros e todas as amenidade. A Pacific Cup sai de San Francisco e chega à costa norte da Ilha de Oahu no Hawai. È uma velejada de mais de 2 000 milhas na sua maior parte baloando nos Alisios. Uma experiência para se guardar para sempre. Eu acabei não indo. Ele fez uma linda regata de quase 20 dias, chegando entre os 3 primeiros na sua classe (Aloha class onde estão os veleiros de cruzeiro mais pesados, que larga uns dias antes dos Racers) e ganhando um premio de marinharia. O Seeker atendeu a um chamado de socorro de um racer de 36 pés, que quebrou o leme. O veleiro menor tinha montado um leme de fortuna, mas sua velocidade tinha caído para a metade e não haveria suprimentos suficientes para chegar ao Hawai. O Seeker, em pleno marzão do Pacifico, transferiu, usando cabos, uma parte dos seus suprimentos para o veleiro acidentado.
Agora Norio não pode ir, mas ajudou no financiamento da participação na Transpac do veleiro Leglus, tripulado por um grupo de amigos, também japoneses muitos dos quais residem em San Francisco. O Leglus é um Racer moderno (Oshi 52) desenhado e construído no Japão e fez a travessia do Japão para Saussalito para correr a Transpac. Ele correu na Divisão 3, ficando em 5º lugar nesta divisão, fazendo o percurso Los Angeles – Honolulu em 13 dias 12 h. 19 m. 49 s.
A Transpac é a irmã mais velha e mais tradicional da Pacific Cup. Ela acontece bi anualmente desde 1906, com algumas interrupções devido às duas guerras mundiais. Seu percurso de 2 225 milhas, saindo da San Pedro bay, no sul da cidade de Los Angeles, até o farol de Diamond Head, na parte Leste de Honolulu, faz dela uma das mais longas regatas de oceano. Com 2/3 desse percurso feito de balão nos Alísios, que ficam muito fortes na parte final, quando encanam no canal de Molokai, provocando planadas radicais e chegadas cheias de adrenalina, a Transpac é um dos mais prestigiosos desafios para os velejadores bons na empopada. Os desenhistas desenharam e testaram, nela, barcos especiais para estas condições (downwind sledges), que vem quebrando recordes e serviram de base para o desenvolvimento dos barcos que depois viriam a participar da Whitbread e da Volvo.
Isso tudo, em um clima ameno, muito diferente dos gelados e tempestuosos mares do Sul da Volvo Ocean Race (aí sim um desafio muito mais radical), tem atraído, através das suas varias edições, a nata dos velejadores e veleiros do planeta.
A Transpac desse ano foi vencida de lavada pelo veleiro Samba Pa Ti, um PT52 modificado, do famoso velejador americano Jim Kilroy (Kialoa) com 12 d. 21h.17m 11s. Ele levou ao mesmo tempo os 3 principais troféus, o Barn Door, uma especie de fita azul para veleiros convencionais sem quilha pivotante e manobrado integralmente por força humana, o trofeu rei Kalaukau do corrigido geral e ganhou ainda a Divisão I dos barcos maiores. O Samba Pa Ti é o menor barco a conquistar o Barn Door e o 5º a vencer ao mesmo tempo os 3 troféus nos 103 anos de historia da Transpac.
O segundo e terceiro colocados no corrigido são o Flash ( 13 d. 03 h. 42m. 40s.) e Valkyrie (13d. 22h. 21m. 13s), dois outros TP52.
Agora Norio não pode ir, mas ajudou no financiamento da participação na Transpac do veleiro Leglus, tripulado por um grupo de amigos, também japoneses muitos dos quais residem em San Francisco. O Leglus é um Racer moderno (Oshi 52) desenhado e construído no Japão e fez a travessia do Japão para Saussalito para correr a Transpac. Ele correu na Divisão 3, ficando em 5º lugar nesta divisão, fazendo o percurso Los Angeles – Honolulu em 13 dias 12 h. 19 m. 49 s.
A Transpac é a irmã mais velha e mais tradicional da Pacific Cup. Ela acontece bi anualmente desde 1906, com algumas interrupções devido às duas guerras mundiais. Seu percurso de 2 225 milhas, saindo da San Pedro bay, no sul da cidade de Los Angeles, até o farol de Diamond Head, na parte Leste de Honolulu, faz dela uma das mais longas regatas de oceano. Com 2/3 desse percurso feito de balão nos Alísios, que ficam muito fortes na parte final, quando encanam no canal de Molokai, provocando planadas radicais e chegadas cheias de adrenalina, a Transpac é um dos mais prestigiosos desafios para os velejadores bons na empopada. Os desenhistas desenharam e testaram, nela, barcos especiais para estas condições (downwind sledges), que vem quebrando recordes e serviram de base para o desenvolvimento dos barcos que depois viriam a participar da Whitbread e da Volvo.
Isso tudo, em um clima ameno, muito diferente dos gelados e tempestuosos mares do Sul da Volvo Ocean Race (aí sim um desafio muito mais radical), tem atraído, através das suas varias edições, a nata dos velejadores e veleiros do planeta.
A Transpac desse ano foi vencida de lavada pelo veleiro Samba Pa Ti, um PT52 modificado, do famoso velejador americano Jim Kilroy (Kialoa) com 12 d. 21h.17m 11s. Ele levou ao mesmo tempo os 3 principais troféus, o Barn Door, uma especie de fita azul para veleiros convencionais sem quilha pivotante e manobrado integralmente por força humana, o trofeu rei Kalaukau do corrigido geral e ganhou ainda a Divisão I dos barcos maiores. O Samba Pa Ti é o menor barco a conquistar o Barn Door e o 5º a vencer ao mesmo tempo os 3 troféus nos 103 anos de historia da Transpac.
O segundo e terceiro colocados no corrigido são o Flash ( 13 d. 03 h. 42m. 40s.) e Valkyrie (13d. 22h. 21m. 13s), dois outros TP52.
Para não fugir a tradição o Samba Pa Ti, umas poucas horas antes da chegada, pegou uma violenta trovoada no canal de Molokai, com ventos bem mais fortes e 25º mais orçados. Atravessou 2 vezes e teve de fazer um peeling de balão. Isso fez com que ele perdesse a chamada obrigatória, a ser feita a 10 milhas da chegada, provocando uma correria da juria para se posicionar para a chegada e uma penalidade de 15 minutos para o barco, não chegando porém a estragar a tripla vitória.
O Leglus, depois da regata, retornou a San Francisco velejando, sendo recepcionado pelo Seeker e amigos ao cruzar a Golden Gate, sendo aí conduzido a Sausalito, seu porto de origem para a festa regada a champagne.
O Leglus, depois da regata, retornou a San Francisco velejando, sendo recepcionado pelo Seeker e amigos ao cruzar a Golden Gate, sendo aí conduzido a Sausalito, seu porto de origem para a festa regada a champagne.
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