terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Orson em Benos Ayres

foto por Diego Castilho Orson no YCA

Hoje a 6:00 o Orson amarrou no cais do YCA, depois de 7 dias de mar com escalas em Floripa e Rio Grande. Pela terceira vez, em seus dois anos de idade, o Orson está em Buenos Ayres. Agora, como em janeiro de 2009, para correr o Circuito Rolex do Atlantico Sur. O Comandante Guilherme Streb, que levou o barco em todas as suas viagens, está de parabens, bem como os seus tripulantes, Dudu na primeira vez e Diego Castilho, o "Remilton", nas ultimas duas.
Agora é deixar tudo pronto para a largada da Buenos Ayres- Punta dia 16.01.2010.
Até lá!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Charisma - volta ao mundo de regata em regata

Charisma chega a Hobbart
Perez Calzada e tripulantes na chegada da Transpac
O Charisma em Malta na Middle Sea Race

Charisma será o primeiro barco españhol na Rolex Sydney Hobart

O Charisma do(Real Club Náutico de Barcelona) de Alejandro Pérez Calzada será o primeiro veleiro espanhol a correr a Rolex Sydney Hobart. A sua participação neste classico, o Everest das regatas de oceano, marcará o ponto medio de seu projeto, iniciado a dois anos, de circumnavegar o globo participando dos grandes classicos da vela.

Nesse periodo sua atividade competitiva foi intensa, o Charisma, um Sparkmans Stephens de 57 pés de 1970 (similar ao famoso Tenacious de Ted Turner), ganhou sua classe na Middle Sea Race de 2006, foi um dos 51 que terminaram a violenta Fastnet de 2007 e esteve no podio da Newport-Bermuda de 2008 e na Transpac de 2009. "Temos que nos adaptar o ritmo da nossa viagem ao programa de regatas que queremos participar, algumas destas são bienais ou trienais, ainda temos mais dois anos, mas já corremos a maior parte das regatas que nos propusemos."

A tripulação de regata do Charisma é de 15 pessoas, ela é composta pelo proprio Perez Calçada que é o navegador mais alguns tripulantes mais ou menos constantes, alem disso, ali se revezam amigos e varios elementos da fina flor dos velejadores espanhois. Para a Sidney Hobbard eles vão contar tambem com o australiano Frank Sticovich, que já participou de 14 edições sendo as 5 ultimas como skipper de um veleiro similar. "A lista de espera de tripulantes é grande, são todos ótimos e bons amigos, é uma pena que não caibamos todos no barco", lamenta o proprietario.

Como navegador ele explica "A Sidney Hobbard tem 4 trechos diferentes, a descida pela costa Australiana, a travessia do estreito de Bass, a aproximação de Hobbard e a subida do rio Derwent. Os dois primeiros podem ser brutais, com um dos piores mares do pacifico, o terceiro é taticamente dificil e já vi gente perder a regata no ultimo. O barco porém é extremamente competitivo com muito vento ou pouco vento, é rapido, forte e mede bem na IRC.

O projeto

Correndo regatas na España desde 1986, Alejandro Pérez Calzada e um regatista atípico. "Comecei ao contrario de todo mundo pelo cruzeiro e por travesías em solitario, e terminei fazendo só regatas barla sotas, perdendo no processo o que eu mais gostava na vela que era a navegação de longo percurso. Em 2002 quando os meus amigos começaram a se interessar pelos TP52, apareceu a oportunidade para eu, em vez de seguir nesse caminho, voltar as minhas origens e fazer aquilo que ninguem ainda fez na Espanha, completar os grandes classicos da vela de oceano, -Fastnet, Transpac, Newport-Bermuda, Rolex Middle Sea Race, Rolex Sydney Hobart-, e ao mesmo tempo navegar ao redor do mundo". Sempre apaixonado pela navegação, ele está realizando o seu sonho de circumnavegar o planeta saltando de regata en regata, em um intenso mas paciente programa que se iniciou em 2007 e só termina em 2012.

"Para entrentar essa aventura, o primero passo era encontrar um barco que reunisse certas características de confiabilidade, robustez e navegação. Alem disso queria um barco competitivo e duro e nessa busca notei que no começo da decada de 70 foram construidos alguns barcos com essas caracteristica e que mediam bem na IRC. Ross McDonald -medalhista olímpico canadense e tripulante do "Bribón"-,velejou em um desses barcos, o "Charisma", e nos contou que estava em Seattle a venda. Na primeira olhada vi que tinhamos achado o nosso barco. Ele foi comprado e enviado em um cargueiro para a Europa, e chegou a Toulon (França) na vespera do inicio da Les Voilles de St Tropez (Niulargue)de 2003, e decidimos participar; demos tanta sorte que ganhamos a nossa classe".

Com a ajuda de Manolo Ruíz Elvira -desenhista do Alinghi na America's Cup anterior e hoje do BMW Oracle -, modificamos e reformamos o barco e aí o barco disparou. Começamos em 2006 o programa de regatas, a primera foi a Rolex Middle Sea Race daquele año, ganhamos nossa classe. No ano seguinte iniciou-se oficialmente em Barcelona a nossa volta ao mundo. Começamos pela Inglaterra participando no verão de 2007 de toda a temporada de Cowes: Round the Island Race em junho, Channel Race em julho e a Rolex Fastnet Race em agosto. Em 2008 cruzamos o Atlántico, participando da Stanford Antigua Sailing Week (abril), Around the Island Race de Conanicut (junho) e da New York Yacht Club 154th Annual Regatta (junho) antes do nosso principal compromisso alí a Newport Bermuda Race (junho), finalizando o programa do ano com a Royal Bermuda Yacht Club Anniversary Regatta (junho)".

"O próximo objetivo era na costa oeste dos Estados Unidos, e se impunha uma longa viagem de transporte, levamos o barco em julho até a Jamaica, cruzamos el Canal de Panamá, subimos até Acapulco, e daí a Los Ángeles. Já em 2009 participamos da Transpac em junho e da Aroud the State Race no Hawaii. Este verao cruzamos as 6.800 milhas do Pacífico, levando o barco a Samoa e finalmente a Sydney".

Depois da Rolex Sydney Hobart, o "Charisma" vai iniciar o regreso a Barcelona, mas continuará indo de regata en regata. O programa de competição continuará em março de 2010 com a Auckland to Musket Cove Ocean Race, com cerca de 1.400 milhas náuticas entre Auckland (Nova Zelandia) e Numea (Nova Caledonia). O barco deve voltar de novo a Australia, fazendo depois a travessia de Perth até as Ilhas Mauricio, e depois para Cidade do Cabo (Africa do Sul) a tempo de correr a Cape Town to Bahia (umas 3600milhas) em dezembro de 2011. Daí para Buenos Aires, para a Buenos Aires-Río de Janeiro em fevereiro de 2012, e a travessia do Atlántico de volta a Espanha.

Um belo programa!!! Juntou em um projeto todas as regatas que povoam nossa imaginação. Mais do que uma Volvo, isso é a realização dos sonhos de qualquer velejador de oceano que se preze.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Regata Buquebus 2009 Bue-Punta-Bue


Foi ganha pelo Maria Maria (VOLKER 40, igual ao AUDI Santa Claus) a Regata Buquebus Buenos Ayres- Punta Punta-Buenos Ayres. realizada esse ultimo fim de semana. Disputada pela classe ORC Club os nossos amigos Fantasma II (Victory 42) e Matrero (Frers 50) ficaram em 2o e 3o.
Se encaminhando para aquelas águas, o Orson saiu hoje da Ilhabela em direção ao Sul para correr o Circuito do Atlantico Sur. Boa viagem! Nos encontraremos breve em BUE.

corum OD35


O estaleiro argentino Corum, que fabrica o famoso OD27, a mais divertida e concorrida classe de monotipos de oceano da Argentina, está se preparando para lançar o OD 35. Com desenho de Soto Acebal (HPE e S40)o barquinho promete. È uma versão menor do S40, sem mastro de carbono, velas menores e com menos materiais exoticos e que pode ser levado por uma tripulação amadora. O fabricante espera que ele venha a custar menos da metadade de um S40 e particularmente fazer uma campanha mais barata. Essa formula faria dele um sucesso e daria uma opção para onde possam evoluir os atuais proprietarios das centenas de OD 27 competitivos. Com um mercado limitado como o nosso sempre achei que, se vamos evoluir para a monotipia no oceano, deviamos ter trazido para cá OD 27 ou o Melges 24 em vez de fazer o HPE, que não é propriamente um oceano, e aí termos um barco que compete internacionalmente (hoje só o J24 faz isso). Agora, caso o barco tenha preço acessivel, temos outra chance de evoluir para a monotipia junto com os hermanos, no tamanho de 35 pés, em vez de denovo tentarmos fazer um barco esclusivamente brazuca.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

4a Etapa do Circuito Ilhabela 2009 - Regata Peter Blake


Montecristo tomando agua em mar de quase 3 metros

Orson e Jazz cruzando a linha com um minuto de diferença depois de 6 horas de regata

largada da volta a ilha

Neste sabado corremos, com muito mar e ventos de E a SE de 10 a 23 nós, a regata Peter Blake Volta a Ilha, a regata longa (52 M) desta última etapa do Circuito Ilhabela. Veio se agregar a nossa flotilha da semana passada e ameaçar as chances do Montecristo de fita azul, o BC 47, Land Rover.
Na Largada na Ponta das Canas, dada com meia hora de atraso, as 11 horas, o vento estava de NE (abraçador)de uns 14 nós e com forte correnteza de sul.
Largamos com velocidade, um pouco abaixo da flotilha e logo cambamos para a Ponta das Canas, junto com o LandRover, que bem maior, logo começou a abrir. O ASA, por baixo de nós, tambem nos ultrapassou, bem junto a Ponta. O Montecristo seguiu muito em frente com a correnteza e passou bem por fora da ponta, agora tendo enfrentar de frente a correnteza que abraçava a ilha. O Jazz nos seguia de perto, um pouco atrás. Na medida que saímos do canal, o vento rodou para Leste e depois, já na altura do Poço, se estabeleceu de SE e a correnteza abraçadora aumentou. Resolvemos orçar bem junto a ilha, tomando altura com bordos curtos. O Montecristo passou por fora, enquanto nos acompanhavam a distancia o Jazz e o 40.7, Fram. Em um desses bordos, no momento da rondada para SE, o Jazz e o Fram alongaram demais o bordo e perderam contacto conosco, ficando para trás.
Nessa altura, já na sombra da Ilha de Buzios, o vento caiu um pouco e o mar começou a subir muito, com ondas de mais de 2 metros. O vento logo voltou para os mesmos 15 nós, depois da ilha da Serraria e o mar continuou a aumentar. Viamos, de longe, o Montecristo, que alcançara o Landrover, se aproximar da ponta próxima ao Sombrio e o ASA, mais atras, a 2/3 do caminho. O Jazz e o Fram, mais atras, nos seguiam a alguma distancia. Já na frente, na altura da Sepituba, o Montecristo descobriu que, com o mar grosso que a cada onda cobria a sua proa, estava fazendo agua pela abertura do gurupes. Tendo já tomado mais de 5000 litros de agua, foi obrigado a tomar a decisão de abandonar a regata e retornar. O Landrover, logo subiu o spi e desapareceu atras da Ponta do Boi, enquanto avançavamos em um mar de ondas bem curtas e altas (alguamas de quase 3 metros). Alguns minutos depois foi a vez do ASA de subir o spi e tambem desaparecer.
Na Sepituba o vento começou a aumentar e nós arribamos para o Boi. O Jazz nos seguia a um bom quarto de milha atras. Pouco antes do Boi subimos o balão e começou a baloada desenfreada. Como sempre acontece naquelas paragens, o vento subiu para uns 24 nós e nós, com adrenalina la em cima, pegavamos interminaveis jacarés naquelas ondas enormes. A cada tantas ondas, numa maior que se combinava com a rajada, planavamos com a proa toda fora d´água, lançando jatos de espuma perto da popa, a mais de 13 nós de velocidade. O Jazz virou a ponta e já vinha nos seguindo de balão, acompanhando bem a nossa velocidade. Depois de uma boa meia hora de muita adrenalina, vimos o Jazz jaibar para a ilha em direção ao Bonete. Pensamos em segui-lo, mas não, a baloada estava perfeita e a tatica de seguir junto a ilha raramente vale a pena, pois o vento costuma acabar la perto do Navayorqui, encoberto pelas montanhas. Melhor seguir por fora. Continuamos por fora, só jaibando no lay line da Ponta da Sela e mesmo assim nos mantendo bem abertos da terra, para nos manter afastados da esperada parada de vento. O Jazz vinha bem. Tinha mais vento lá do que haviamos previsto. Não parou no Novayorqui. O SE não ficava tão encoberto pelas montanhas. Estava definitivamente com menos vento e mais lento, mas se não parasse ia ter que percorrer uma distancia muito menor do que nós. Menor o suficiente para comer a nossa vantagem.
Vimos em fim, bem longe na frente, o Landrover sem balão entrando no canal, com pouco vento pelo lado de São Sebastião e o ASA orsando, completamente encalmado, do lado de cá do canal. Nossas duvidas pareciam resolvidas, o Jazz ia parar. Arribamos ainda mais para nos afastar de terra e da parada de vento.
O Jazz porem não parou na primeira ponta, nem na segunda, só foi parar lá junto da Sela e la ficou boiando ainda de spi na última ponta para a entrada do canal.
Quando nós achamos que tinhamos contornado a parada de vento, tiramos o balão e começamos a orçar para o centro do canal. Tudo ia bem, já estavamos entrando no canal pelo meio, com a correnteza a favor e a chegada a vista e no lay line, quando o vento tambem parou para nós e ficamos nós e o Jazz boiando sem vento por uns bons 20 minutos a menos de meia milha da linha. Enfim uma rajada do canal (NE) entrou, nós já orçando, a pegamos primeiro, mas ela logo pegou tambem o Jazz, que tambem já vinha se preparando para ela, e começamos os dois a nos mover em direção a linha. Nós vinhamos mais orçados e de um pouco mais longe e eles mais arribados e com um pouco menos de distancia a percorrer. Logo deu para ver que eles cruzariam na frente. O Jazz cruzou um minuto na nossa frente, na mais rapida volta a ilha da historia. O Landrover que foi fita azul a fez em aproximadamente 5:15 horas.
No tempo corigido o Jazz, que tem rating melhor que nós, ficou dois minutos na nossa frente, ganhando a regata. Nós ficamos em segundo ganhando do Landrover por tres minutos e meio e do ASA por sete minutos.
Foi uma linda regata, cansativa, com muito mar e quase 6 horas de regata de muita adrenalina. Foi um belo treino para Punta del Este.
O Jazz está de parabens. Velejou muito bem, fez uma aposta arriscada e conseguiu tirar proveito dela.
Com esse resultado nós vencemos a 4a Etapa e ficamos em segundo no Circuito Ilhabela de Vela de Oceano 2009, que foi vencido por antecipação pelo Touche. O Loyal ficou em terceiro. Nós tres nos encontraremos de novo breve representando o Brasil no Circuito Atlantico Sur em Janeiro e talvez tenhamos a boa surpresa de ter lá tambem o mais novo irmãozinho Malbec, o Lucky II.

Campeonato S40 2009 - Punta del Este


Eles agora são 5


Enquanto eles vão o Negra volta, na regata com vento fraco


O ganhador foi estreante Negra, com a mesma tripulação já entrosada do Swan45

Com uma situação incomum de vento fraco em Punta del Este, foram corridas esse fim de semana as seis regatas dessa etapa do campeonato de S40. Foram quatro vitorias do estreante Negra e duas do Mitsubishi.
O Negra venceu com 8 pontos depois de um descarte. O Patagonia, o mais consistente com quatro segundos lugares ficou em segundo com 11 pontos e o Mitsubishi em terceiro com 12.

1 ARG5302 JUAN BALL YCA NEGRA 8 1 1 1 (4) 4 1
2 ARG5225 NORBERTO ALVAREZ CNSI PATAGONIA 11 2 2 (4) 2 2 3
3 BRA001 EDUARDO SOUZA RAMOS ICS MITSHUBISHI 12 3 (5) 3 1 1 4
4 ARG5228 JOSE ESTEVEZ YCA CUSI 13 (6\DNF) 3 2 3 3 2
5 BRA002 ROBERTO MARTINS ICRJ CARIOCA 27 (6\DNF) 4 5 6\DNF 6\DNC 6\DNF

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Regata Enrrique Elgueta 2009 Papudo


A flotilha da orc 500 toda junta numa montada de balão


O ganhador da orc internacional 500 Entel PCS

Domingo, depois de um dia de descanso após a Regata Algarrobo Papudo, foram corridas em frente ao Club de Yates de Papudo, duas regatas barla sota de 7 milhas nauticas, com muito vento (22 nós na 1a e 25 nós na 2a), mas um pouco menos mar do que na regata longa. O novo Soto 42 Trafalgar, que ficou em 2o na longa ganhou a primeira regata, mas teve que desistir na 2a, quando rebentou o guarda mancebo jogando na agua gelada 6 tripulantes que faziam escora. Tres se agarraram nas escotas e foram repescados, os outros tres precisaram de uma manobra de homem ao mar e foram resgatados em poucos minutos, mas já com começo de hipotermia, obrigando a uma desistencia para garantir tratamento adequado.
O resultado da orc internacional 500 foi marcado por um empate nos pontos. O Entel PCS (Evento 46) empatou com o Claro (Soto 39) e o Itaú (Soto 42) com 5 pontos, mas tendo melhores resultados parciais pela vitoria na 2a regata, foi o vencedor seguido pelos outros dois em 2o e 3o. O Trafalgar apesar de não terminar a 2a regata ficou em 4o lugar.
Na ORC internacional 600 o Tensacom, um Malbec 360R com mastro de carbono, que já tinha ganho a longa, ganhou as duas regatas. O Corona (Beneteau 36.7) ficou em 2o e o Beduino III (Bavaria 35) em 3o. Esta foi a última regata do ano no Chile e os veleiros agora ficam o fim do ano na Patagonia se preparando para o mais importante evento do ano a Regata PCS Entel Chiloé 2010 de 22 a 27 de janeiro.
Esta será a 10 etapa de 13 da Copa Entel PCS 2009/2010 (vai de agosto a maio). Troféu que corresponde ao Campeonato Chileno de Vela Oceanica.