terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Noticias Soto 40 e o novo Soto 30

Iberdrola, espanhol o primeiro S40 para a Europa para a disputa da MedCup

Nós temos acompanhado com enorme interesse o desenvolvimento da classe S40, inclusive noticiando os seus lançamentos e regatas e vibrado com seu sucesso. Há muito que uma iniciativa deste tipo e de tal importancia não acontece entre nós, inclusive de uma forma que nos integra no yatismo oceanico dos nossos vizinhos Argentina Uruguai e Chile. Passamos a olhar com interesse o Circuito Atlantico Sur, o Circuito de Chiloe ou o do Norte do Chile, alem da nosso já tradicional grupo de eventos como a Semana de Vela de Ilhabela (RISW), a de Angra, o Circuito Rio, a Buzios Sailing Week, Circuito Oceanico de Florianopolis e o de Niteroi.
Alem disso, todos nós estamos sempre de alguma forma descontentes com o sistema de Handicap usado nas regatas oceanicas. Particularmente agora com as incertezas da ABVO com relação a ORC e a IRC.
Sempre convivemos com essas varias formulas como uma acomodação necessaria, menos pior. Os USA, ha muito, já adotou nas suas principais regatas a PHRF, uma correção pela performance, parecida com a formula usada em Angra, ou o Onedesign, tipo NOOD. Eles mantem a IRC e ORC como uma concessão aos tradicionalistas e como uma forma de se integrar nas competições oceanicas internacionais Europeias. Mas lá isso é viabilizado pela quantidade de barcos que, qualquer que seja o modelo, ha sempre em numero suficiente para garantir a competição.
Aqui por mais popular que seja a classe, existe um numero muito restrito de barcos iguais e que correm em classe subsidiariamente aos campeonatos que são por handicap. Mesmo assim não ha quem já não tenha provado a delícia que é ter um numero grande de barcos iguais correndo no mesmo local (como os Beneteau 40.7 no Rio, os SK30 em Floripa, delta 32 na ilha, ou quando todos vão para o mesmo lugar como na RISW), mesmo nos campeonatos de Handicap. Era isso que tinhamos em mente quando eu e mais tres amigos resolvemos trazer os Malbec 360 para o Brasil.
O Soto 40, apesar de muito caro pro nosso bico, particularmente porque exige uma tripulação profissional, é um sonho que se realisa. O barco alem de se firmar regionalmente (é o primeiro que integra flotilhas no Brasil, Chile e Argentina). Vem dando agora sinais de se firmar internacionalmente, com participação importante na Medcup, principal circuito europeu, fazendo dupla com a principal categoria na Europa o TP52. Deverão correr na Medcup esse ano algumas equipes latinoamericanas, hoje as unicas com experiencia com o barco, e quatro novas equipes europeias.
Está sendo anunciada tambem para esse ano a Asia cup, onde já está confirmada a participação de quatro S40, um recentemente comprado por um velejador do Japão, outros estão em negociação com clientes de Hong kong e Australia.
A organização da Asiacup lançou junto com os representantes comerciais do S40 um programa de incentivo a armadores, que podem comprar o barco pela metade do valor pois ele é associado a um contrato de aluguel dos barcos por 4 anos para os 5 eventos anuais da Asiacup (que cobre a outra metade do custo do barco), o resto do tempo os barcos seriam usados pelos armadores para regatas locais. Dessa forma eles acreditam que poderão financiar a formação a curto prazo de uma flotilha similar a Latino Americana. Se a moda pegar poderão fazer o mesmo para a Medcup; ou mesmo incrementar a flotilha daqui. Será?
A outra dos organizadores da classe S40 é o lançamento de um irmão menor o Soto 30. O estaleiro promete desenhos, descritivos e preços para Março. O barco já está desenvolvido, o molde está em estagio avançado de construção, devendo começar a entegar barcos antes do 2o semestre. Eles anunciam que já tem 5 encomendas e tem mais 3 ainda disponiveis na programação deste ano. Querem fazer o grande "debut" no Circuito Atlantico Sur do ano que vem em janeiro 2012.
Aqui no Brasil esta prometido um Carabelli 30 pés de caracteristicas semelhantes, que já era para estar na agua, mas está atrasado. Por isso não sabemos ainda de sua performance e preço e previsibilidade de entrega, mas vão ser certamente concorrentes diretos.
Se as duas iniciativas derem certo talvez não se evolua para uma monotipia nos barcos de oceano de alta performance, mas poderemos ter regatas oceanicas com barcos super modernos(que podem formar tripulantes profissionais para para os S40), bem parecidos, que nunca foram desenhados para rating nenhum, mas que tenham rating na IRC por exemplo, bastante próximo, o que talvez seja o melhor que, dentro do possivel, possa nos acontecer. No Uruguai o Match 30, um veleiro Frers, lançado em 2000, mas muito inovador e desenvolvido sem pensar em rating, teve a mastreação reformulada e modernizada (vela de tope retangular, assimétrico e gurupes) e hoje eles tem oito barcos iguais de alta perfomance, super competitivos. Eles chegaram todos com 5 minutos de diferença em uma Buenos Aires Puta del Este muito dura e vem se dando bem na IRC tanto no Uruguai quanto na Argentina. Talvez valesse apena para os proprietarios daqui fazerem essas mesmas modificações, para termos mais uma opção regional de veleiros 30 pes de alta performance.

2 comentários:

  1. Parabéns pelo site e pelas informações sobre as novas classes.
    Vamos de Carabelli 30 ou de Soto 30 ???!!!!
    ... só o tempo e a $$$ dirá.

    Abraços,
    Renato "Massara" Cunha
    VENTANEIRO

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  2. Obrigado
    Vamos aguardar tambem pelo $$$$ relativo dos dois barcos, enquanto isso vamos ficando na nossa orc, que na nossa categoria (orc internacional 600) voce é imbativel.

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