quarta-feira, 15 de julho de 2009

Rolex Ilhabela Sailing Week 2009




Em cima:Em foto de Carlo Borlenghi o Loyal o grande campeão da ORC Internacional Geral, olhando bem, voce pode ver nossos ex tripulantes Manga e Gengivinha, brilhando na tripula.,




Em foto de Thomas Kremmer Eu, todo molhado mas contente, recebendo o premio do terceiro lugar no Sulamericano.


Abaixo: Em fotos de Carlo Borlenghi O ventaneiro o inalcansavel campeão da orc int 600; mais a baixo a chuva na Ponta das Canas










Sábado, 11 de julho 2009

Ultima Regata Barla Sota (cancelada)


Para desespero dos que esperavam melhorar sua posição, inclusive o Orson, ficamos desde as 12 00 boiando na ponta das Canas a espera de vento. Enquanto isso as pancadas de chuva se sucediam, o tempo ficava cada vez mais feio, o barômetro caia, indicando que a frente estava próxima. As 15 00 a juria cancelou a regata e voltamos para o clube. A 36º Rolex Ilha Bela Sailing Week estava terminada e os resultados eram os da véspera. Ficamos em 9º na classe e o pênalti na regata de médio percurso nos colocou atrás do Don Quichote em 3º no Sulamericano. O Audi Santa Claus, com a excessão da Alcatrazes, que por um erro não cruzou a linha e da ultima regata que o vencemos, ganhou todas as outras regatas fazendo um campeonato brillhante. Nós desde o ano passado melhoramos muito, mas falhamos em momentos cruciais e estamos ainda muito irregulares. Os 40.7 de novo deram um show. O Ventaneiro é imbatível, está no tope de sua performance, plenamente desenvolvido tanto de medição quanto de tripulação. O Zeus e o Absoluto não ficam atrás. O Wiki wiki, no Rio de Janeiro é difícil de alcançar, aqui já está mais alcançável, mas ainda é um rival temível. Os da escola naval também melhoraram, particularmente o Dourado, mas este ano ao menos conseguimos supera-los. São, porém, um importante obstáculo para que a gente alcance, no tempo corrigido, os azes da flotilha. O Jazz também fez uma ótima campanha, particularmente na Alcatrazes, onde soube aproveitar a largada brilhante e não descolar dos ponteiros, obtendo um ótimo resultado. Nas barla sotas velejou de forma mais irregular. Deu boas largadas e acertou algumas vezes o lado, mas por varias vezes passou o lay line, nos dando moles que não merecíamos. Mesmo assim quase nos levou na segunda (5 segundos). Fez também uma ótima ultima regata, nos dando muito trabalho na primeira volta de uma regata que foi o nosso melhor resultado.

Nós, depois de mais de um ano, a tripulação continua mudando, dois dos tripulantes correram pela primeira vez no barco na regata de Alcatrazes, sem nenhum treino prévio. Outros dois se juntaram a tripulação no warm up. Por sorte um dos tripulantes novos, o Lucas Ostergreen - oTutu , tem grande experiência e contribuiu enormemente para a evolução do nosso desempenho. Os outros cinco são a nossa tripulação base que correu em Punta e Floripa e alguns tambem nos eventos de 2008. Mas uma maior constancia da tripulação, treino e particularmente organização previa (aí eu me penitencio pessoalmente), dividindo com o skipper a responsabilidade de supervisão da preparação do barco, de seus equipamentos obrigatórios e da tripulação é fundamental para a melhora dos resultados. Vamos trabalhar nisso.

Por outro lado os organizadores da ORC Internacional estão sendo pouco sérios no estabelecimento de critérios de separação de suas divisões. Tanto o critério adotado em Florianópolis, jogando todo mundo para competir com as maquinas de regata da orci 500, quanto no da RISW, de jogar parte (não sei definido por que) dessas maquinas para orci 600, tem o mesmo resultado, que é desincentivar os veleiros cruiser racers dessa divisão. Se não fosse pela salutar competição com os 40.7 do Rio de Janeiro e com os nossos colegas da orci 600 argentinos, já teria me decidido pela orc club, como classe mais adequada para os cruiser- racers, mesmo os mais competitivos, como os Malbec 36. Nesse segundo semestre precisamos discutir com os velejadores competitivos de cruser racers (Malbec s, 40.7s, imx s etc.) em que classe deveríamos nos reunir para ter uma competição interessante. Na Argentina é certamente a ORC Internacional 600, mas aqui não sei.

Por fim não é possível escrever sobre este evento sem falar que, mesmo já tendo feito uma boa dezena de semanas de vela da ilhabela, essa foi impressionante! Impressionante pelo numero de barcos. Impressionante pelo nível da competição. Impressionante pela organização perfeita e pelo profissionalismo. Impressionante pela Marina do clube repleta de veleiros rivalizando com qualquer marina do Mediterraneo. Impressionante emfim pela beleza da natureza a nossa volta. Dias maravilhosos, com todos os humores que o mar e o vento costuma nos apresentar. Pela Ilhabela que por mais que voce conheça não para de nos surprender e encantar. Emoções, experiências e imagens que ficarão na memória para sempre. Agradeço mais uma vez de estar vivo e poder tê-las vivido e as dividido com todos vocês.

PS: Para completar a multiplicidade de experiências dessa Semana de Vela, na noite de sábado para domingo, depois da entrega de prêmios, por volta das 02 00, entrou a esperada frente fria, com ventos de mais de 50 nós, que se mantiveram por perto de 4 horas e por outras 4 em torno de 30 nós. Varias arvores foram derrubadas, o race vilage na vila foi em grande parte destruido e o fornecimento de energia foi interrompido. Havia ondas de 1m ½ dentro do canal. Em frente ao Pinda um veleiro rompeu a amarra e foi para a praia, o mesmo com uma lancha junto a vila. No YCI o quebra mar da marina fez o seu serviço, protegendo os barcos, mas as condições eram muito sérias. Uma lancha amarrada ao quebra mar encheu d´agua e sem bomba funcionando afundou. Vários barcos no píer sul ,que estavam amarrados de popa, muito perto do cais, se chocaram contra ele, sofrendo algumas avarias por sorte menores. Alguns botes foram danificados e um veleiro na poita rompeu a amarra e foi para a praia.
Apesar das condições muito violentas houve poucos danos, os guarda piers do YCI, ajudados pelo pessoal da segurança, fizeram um trabalho admirável, reforçando amarras e afastando barcos, pois grande parte dos barcos não estavam com tripulantes e alguns não contavam com a violência da frente não foram amarrados suficientemente longe dos piers nem com suficientes defensas. Os botes do clube tambem efetuaram salvamentos rebocando barcos e eventualmente desencalhando o veleiro que rompeu a amarra.

Este temporal, muito menos violento do que o que assolou Punta del Este a algumas semanas, nos mostra a rápida mudança das condições no mar. Como locais super protegidos e onde estamos acostumados de forma confiante a velejar e ancorar, podem rapidamente se tornar perigosos, sendo necessárias todas as precauções para enfrentar essas situações e principalmente acreditar, apesar da indiferença provocada pela força do habito, nos avisos de mau tempo.

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